Este livro observa o poder político marcelista a partir dos seus discursos e representações na imprensa e observa a imprensa a partir dos jornais, dos jornalistas e dos grupos económicos.

CRÍTICAS DE IMPRENSA

(...) A obra corresponde à tese de doutoramento da autora em História Institucional e Política do século XX, pela Universidade Nova de Lisboa, e tem suporte documental sobretudo no Arquivo do Sindicato dos Jornalistas e na Hemeroteca de Lisboa, além de vasta bibliografia e do recurso a fontes orais constituídas por jornalistas contemporâneos do período tratado.

Fundamental para compreender o período marcelista e os seus antecedentes, o livro - uma edição de Livros Horizonte - começa por analisar o regime de censura e as leis de imprensa de 1926 e 1968, bem como o controlo e a propaganda de Estado de Oliveira Salazar.

O percurso de Marcelo Caetano, as suas concepções de imprensa e o papel da informação na construção da sua imagem como Presidente do Conselho preenchem um dos capítulos do livro, depois completado com outro sobre o regime da imprensa, abordando as contribuições do Sindicato dos Jornalistas para um novo quadro legal (Bases Fundamentais da Imprensa) e a posição do SJ sobre o projecto de Lei dos deputados da Ala Liberal Francisco Sá Carneiro e Francisco Pinto Balsemão e sobre a proposta de Lei do Governo.

A obra aborda ainda a propriedade dos meios de informação e a concentração que então se verificava, e a situação dos jornalistas, designadamente em termos de regime da profissão, composição, condições e métodos de trabalho.

Ana Cabrera é também mestre em Ciências da Comunicação e está ligada ao Centro de Investigação Media e Jornalismo e ao Instituto de Historia Contemporânea.

in o sítio do Sindicato dos Jornalistas, 28-09-2006