«PELO QUE SEI, O LUÍS TINHA VÁRIOS“AMIGOS, IRMÃOS E CAMARADAS”E CONTAVA-ME ENTRE ESSES,O QUE ERA UMA COMOVEDORA HONRA.
Era assim que ele designava alguns dos seus amigos. De vez em quando, trocava esta longa designação por uma outra, mais íntima, mas verdadeira, de “Compadre”. O que éramos por via da Catarina, minha afilhada. Por toda a sua vida, aqui contada pelo Gaspar Martins Pereira, também seu “amigo, irmão e camarada”, se saberá como estas três entidades estavam acima de tudo. A família, os amigos e os companheiros da luta. Os laços destas naturezas que o ligavam a outras pessoas eram esses, sobrepunham-se a tudo o resto, a profissão, a política, a economia, a cultura e até o Douro. Aliás, mesmo o Douro, essa sua obsessão, esse seu sonho permanente, só tinha sentido se fosse vivido, lutado e pensado com e para os seus familiares, os seus amigos e os seus conterrâneos. […]»Prefácio António Barreto
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Gaspar Manuel Martins Pereira
Professor catedrático do Dep. De História e de Estudos Políticos e Internacionais da Fac. de Letras da U. Porto. Foi co fundador e coordenador científico do GEHVID – Grupo de Estudos de História da Viticultura Duriense e do Vinho do Porto (1994-2001). Entre 2007 e 2011, dirigiu o CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço&Memória». Tem desenvolvido diversos projectos de investigação sobre história contemporânea portuguesa, em particular sobre a história da cidade do Porto no século XIX, a história da família e a história do vinho do Porto e da região do Alto Douro. Tem uma vasta obra publicada, de que se destacam: Alto Douro/Douro Superior (Lisboa, 1988), O Douro e o vinho do Porto de Pombal a
João Franco (Porto, 1991), Famílias portuenses na viragem do século, 1880-1910 (Porto, 1995), O Douro de Domingos Alvão (Coimbra, 1995), Dona Antónia (Porto, 1996), No Porto Romântico, com Camilo (Porto, 1997), Porto Vintage (Porto, 1999), Memória do Rio – para uma história da navegação no Douro (Porto, 2001), Eduardo Santos Silva, cidadão do Porto (Porto, 2002), Sogrape: uma história vivida (Porto, 2003), Vinho do Porto (coord., Porto, 2003), O Douro Contemporâneo (org., Porto, 2006), As Águas do Douro (coord., Porto, 2008), Uma vida pela liberdade: Artur Santos Silva, 1910-2010 (Porto, 2010), Crise e Reconstrução. O Douro e o Vinho do Porto no século XIX (coord., Porto, 2010). Tem realizado, também, numerosas acções no domínio do património histórico-cultural, tendo participado, entre outros projectos, na preparação da candidatura do Alto Douro Vinhateiro a Património Mundial e na concepção e instalação do Museu do Douro, de que foi Director até 2007.
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