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Detalhes do Produto

Sinopse

Obra da vida de Fernando Pessoa, as suas páginas acompanham o devir do escritor no tempo e refletem as inúmeras mutações por que foi passando. Precisamente por isso, não há apenas um Livro do Desassossego, mas antes três Livros do Desassossego, que dão voz (e palavras) a três autores distintos: o jovem artista Vicente Guedes, decadente, dandy e blasé; o frio Barão de Teive, dono de uma surpreendente austeridade de pensamento e de linguagem; e Bernardo Soares, que, apesar de ser um simples ajudante de guarda-livros da Baixa lisboeta, se tornou o semi-heterónimo pessoano mais conhecido e reconhecido, desde que se manifestou pela primeira vez, em 1929. Apresentar os escritos de Vicente Guedes como se tivessem saído da pena de Bernardo Soares - equívoco em que caem várias edições anteriores desta obra - equivale a confundir as falas de diferentes atores e a criar uma cacofonia literária. Felizmente, graças a Teresa Rita Lopes, os três monólogos do(s) Livro(s) do Desassossego são agora restituídos aos seus verdadeiros autores num gesto que resgata as intenções de Pessoa e amplia o prazer dos leitores. SOBRE A RESPONSÁVEL PELA EDIÇÃO: Poetisa, dramaturga, investigadora literária e ensaísta, Teresa Rita Lopes nasceu em Faro, mas, em plena ditadura do Estado Novo, decidiu radicar-se em Paris, cidade em que se tornou professora na Universidade da Sorbonne Nouvelle, entre 1969 e 1982. Após o 25 de Abril, regressou a Portugal, tendo participado na fundação da Universidade Nova de Lisboa, onde, desde 1979, leciona Literaturas Comparadas. Além de colaboradora regular de numerosos jornais e revistas nacionais e internacionais, é reconhecida como uma das maiores especialistas mundiais de Fernando Pessoa, tendo publicado vários escritos inéditos do poeta e coorganizado edições críticas da sua obra. Tanto no domínio do ensaio e do teatro como no universo do conto e da poesia, a escritora obteve já diversas distinções, nomeadamente o Prémio Cidade de Lisboa (1988), o Prémio Eça de Queirós (1997), o Prémio Pen Club (1990) e o Grande Prémio de Ensaio Unicer/Letras e Letras (1989).

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Autor

Fernando Pessoa

Um dos maiores génios poéticos de toda a nossa Literatura e um dos poucos escritores portugueses mundialmente conhecidos. A sua poesia acabou por ser decisiva na evolução de toda a produção poética portuguesa do século XX. Se nele é ainda notória a herança simbolista, Pessoa foi mais longe, não só quanto à criação (e invenção) de novas tentativas artísticas e literárias, mas também no que respeita ao esforço de teorização e de crítica literária. É um poeta universal, na medida em que nos foi dando, mesmo com contradições, uma visão simultaneamente múltipla e unitária da Vida. É precisamente nesta tentativa de olhar o mundo duma forma múltipla (com um forte substrato de filosofia racionalista e mesmo de influência oriental) que reside uma explicação plausível para ter criado os célebres heterónimos - Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, sem contarmos ainda com o semi-heterónimo Bernardo Soares.

Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 (onde virá a falecer) e aos 7 anos partiu para a África do Sul com a sua mãe e o padrasto, que foi cônsul em Durban. Aqui fez os estudos secundários, obtendo resultados brilhantes. Em fins de 1903 faz o exame de admissão à Universidade do Cabo. Com esta idade (15 anos) é já surpreendente a variedade das suas leituras literárias e filosóficas. Em 1905 regressa definitivamente a Portugal; no ano seguinte matricula-se, em Lisboa, no Curso Superior de Letras, mas abandona-o em 1907. Decide depois trabalhar como "correspondente estrangeiro". Em 1912 estreia-se na revista A Águia com artigos de natureza ensaística. 1914 é o ano da criação dos três conhecidos heterónimos e em 1915 lança, com Mário de Sá-Carneiro, José de Almada-Negreiros e outros, a revista "Orpheu", que dá origem ao Modernismo. Entre a fundação de algumas revistas, a colaboração poética noutras, a publicação de alguns opúsculos e o discreto convívio com amigos, divide-se a vida pública e literária deste poeta.

Pessoa marcou profundamente o movimento modernista português, quer pela produção teórica em torno do sensacionismo, quer pelo arrojo vanguardista de algumas das suas poesias, quer ainda pela animação que imprimiu à revista "Orpheu" (1915). No entanto, quase toda a sua vida decorreu no anonimato. Quando morreu, em 1935, publicara apenas um livro em português, "Mensagem" (no qual exprime poeticamente a sua visão mítica e nacionalista de Portugal), e deixou a sua famosa arca recheada de milhares de textos inéditos. 

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