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Sinopse

Sophia de Mello Breyner Andresen est née en 1919 à Porto dans une famille aristocratique, elle a vécu à Lisbonne et y est décédée en 2004. Elle publie en 1944 son premier livre, Poesia, qui impressionne par le rare sentiment d’équilibre qui préside à sa construction. Dès son deuxième livre Dia do mar (1947), se manifeste la profonde attraction qu’exerce sur elle le monde classique, grec en particulier. C’est toujours d’un héroïsme perdu que nous parle cette poésie. Figure morale, profondément humaniste et universellement respectée de la vie culturelle portugaise, l’esthétique est chez elle avant tout une éthique. Elle a su forger un style clair et net, concis, reconnaissable entre tous qui a fait de ses poèmes de beaux objets littéraires habités par un constant et puissant sentiment d’harmonie. Sa poésie est tout aussi bien traversée par les grands mythes de l’Antiquité que par les petits événements de la vie quotidienne, la mer, les amis et parfois la mort des amis, évoqués dans des poèmes brefs où les événements politiques sont souvent présents en discret arrière-plan. Pour reprendre les mots de Vasco Graça Moura, auteur de la postface de ce recueil, Sophia a le souci de l’élémentaire, l’exigence de la limpidité et une revendication de liberté. La poésie de Sophia de Mello Breyner présente une élégance dont on admire la simplicité. J’ai eu des amis qui mouraient, des amis qui partaient D’autres brisaient leur visage contre le temps. J’ai haï ce qui était facile Je me suis cherchée dans la lumière, dans la mer, dans le vent. Auteur de nouvelles et de récits pour la jeunesse, traductrice d’Euripide, Dante, Shakespeare et Claudel, Sophia de Mello Breyner Andresen, en vertu de ses convictions éthiques, a été amenée à jouer un des tout premiers rôles dans l’opposition à la dictature de Salazar.

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Autor

Sophia de Mello Breyner Andresen

Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu a 6 de Novembro de 1919 no Porto, onde passou a infância. Entre 1939-1940 estudou Filologia Clássica na Universidade de Lisboa. Publicou os primeiros versos em 1940, nos Cadernos de Poesia. Em 1944 sai, em edição de autor, o seu primeiro livro de poemas, Poesia, título inaugural de uma obra incontornável que a torna uma das maiores vozes da poesia do século xx. Os seus livros estão traduzidos em várias línguas e foi muitas vezes premiada, tendo recebido, entre outros, o Prémio Camões 1999, o Prémio Poesia Max Jacob 2001 e o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana – a primeira vez que um português venceu este prestigiado galardão. Com uma linguagem poética quase transparente e íntima, ao mesmo tempo ancorada nos antigos mitos clássicos, Sophia evoca nos seus versos os objectos, as coisas, os seres, os tempos, os mares, os dias. Na sequência do seu casamento com o jornalista, político e advogado Francisco Sousa Tavares, em 1946, passou a viver em Lisboa. Foi mãe de cinco filhos, para quem começou a escrever contos infantis.

Em termos cívicos, a escritora caracterizou-se por uma atitude interventiva, tendo denunciado activamente o regime salazarista e os seus seguidores. Apoiou a candidatura do general Humberto Delgado e fez parte dos movimentos católicos contra o antigo regime, tendo sido um dos subscritores da «Carta dos 101 Católicos» contra a guerra colonial e o apoio da Igreja Católica à política de Salazar. Foi ainda fundadora e membro da Comissão Nacional de Apoio aos Presos Políticos. Após o 25 de Abril, foi eleita para a Assembleia Constituinte, em 1975, pelo círculo do Porto, numa lista do Partido Socialista. Foi também público o seu apoio à independência de Timor-Leste, conseguida em 2002.

Faleceu a 2 de Julho de 2004, em Lisboa. Dez anos depois, em 2014, foram-lhe concedidas honras de Estado e os seus restos mortais foram trasladados para o Panteão Nacional.

No dia em que se celebrou o centenário do seu nascimento, a 6 de Novembro de 2019, é-lhe concedido a título póstumo o Grande-Colar da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.

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