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Alberto João Jardim na Primeira Pessoa

Rocha, Paulo, José Eduardo Franco

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Detalhes do Produto

Sinopse

«É pouco afirmar que Alberto João Jardim deixou uma marca inapagável e transformadora na história dos quase 600 anos de povoamento do arquipélago madeirense. Haverá uma história da Madeira antes e depois de Alberto João. […]

Acima de tudo, Alberto João Jardim ficará na memória coletiva da opinião pública e no meio político português da democracia contemporânea fundamentalmente como uma voz dissonante. Popular é e ficará popular para muitos, especialmente para o povo simples que aprecia políticos ‘sem papas na língua’, e valoriza um presidente do governo que conversa, convive e festeja com todos, querendo escutar diretamente os problemas da boca das pessoas e muitas vezes garantindo imediatamente a solução a dar, numa espécie de democracia em direto. Contudo, é um político receado e até detestado por alguns setores das elites políticas e intelectuais devido às suscetibilidades criadas pelo seu estilo de liderança. A imagem estereotipada que tem sido cristalizada a partir da forma provocadora de lidar com os jornalistas, de afrontar os seus críticos e de discursar em registo de campanha eleitoral tornou-se dominante nos juízos correntes sobre Alberto João Jardim entre as elites continentais. Esta imagem negativa, que acende muitas críticas, contrasta com a perceção muito diferente com que se fica de Alberto João Jardim em situações e ambientes sociais e culturais, onde a mais conhecida postura combativa deste líder, defensor estrénuo da Madeira contra todos os seus inimigos, que não tem pejo em nomear e caracterizar de forma veemente, dá lugar ao perfil do gentleman, culto, simpático, acolhedor e com grande sentido de humor. Quem conhece os dois lados desta personalidade fica desconcertado com o contraste impressionante entre o Alberto João Jardim dos comícios e das respostas agressivas a alguns jornalistas do Continente e da Madeira e o Presidente do Governo a discursar em congressos científicos e culturais, falando com saber, ponderação e reflexões estimulantes para médicos, historiadores, engenheiros, arquitetos, etc. Parecem duas personalidades diferentes, mas na verdade são dois estilos exercitados para serem adequados a diferentes situações e públicos.
O líder madeirense é, pois, uma das figuras mais polémicas, mais desconcertantes e mais peculiares da história da democracia portuguesa dos últimos 40 anos. Por isso, mais do que a marca material deixada pela sua longa governação, ficará na história política como uma personalidade incontornável enquanto caso de estudo que merecerá a atenção dos cientistas políticos.»

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Autor(es)

Rocha, Paulo

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José Eduardo Franco

José Eduardo Franco (1969). Historiador. Investigador-Coordenador com equiparação a Professor Catedrático da Universidade Aberta, Diretor do Centro de Estudos Globais da Universidade Aberta, Titular da Cátedra UNESCO de Estudos Globais/CIPSH e membro da Academia Portuguesa da História. Tem sido Professor-Visitador, entre outras, da Universidade de Paris II – Panthéon-Assas e da Universidade Federal de Sergipe. Coordena atualmente o programa de doutoramento em Estudos Globais na Universidade Aberta. Da sua bibliografia, podemos distinguir os seguintes livros: O Mito de Portugal, Lisboa, FMMVAD/Roma Editora, 2000; O Mito dos Jesuítas em Portugal e no Brasil, Séculos XVI-XX, 2 Vols., Lisboa, Gradiva, 2006-2007; A Europa ao Espelho de Portugal: Ideia(s) de Europa na Cultura Portuguesa, Lisboa, Temas & Debates/Círculo de Leitores, 2020. Foi-lhe atribuída, em 2015, a Medalha de Mérito Cultural do Estado Português, o mais importante galardão atribuído pelo Governo Português, como reconhecimento dos serviços prestados à Cultura e à Ciência.

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