Já os Galos Pretos Cantam constitui um dos momentos mais altos da ficção de José Viale Moutinho. São quatro histórias dramáticas da Guerra Civil de Espanha, um dos temas mais caros ao autor, mais dois textos de memória e degradação familiar, ambientados na região duriense, e ainda o sonho tresloucado de um emigrante madeirense que quis meter na ilha réplicas das sete maravilhas do mundo. Para Agustina Bessa Luís, Viale Moutinho é um dos últimos românticos do bem-dizer; e Urbano Tavares Rodrigues assinalou como notável a sua capacidade de criação de atmosferas, aliada à arte de bem narrar.
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José Viale Moutinho
José Viale Moutinho nasceu no Funchal, em 1945. Jornalista e escritor, tem várias obras editadas, algumas delas traduzidas nas mais diversas línguas, como o russo, búlgaro, castelhano, alemão, italiano, catalão, asturiano e galego. Estreou-se em 1968 com a novela Natureza Morta Iluminada. Foi diretor da Associação Portuguesa de Escritores, da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia, do Círculo de Cultura Teatral e presidente da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto. É sócio do Pen Clube Português, da Academia de Letras de Campos de Jordão (Brasil) e membro honorário da Real Academia Galega. Autor de cerca de meia centena de livros para crianças, bem como de trabalhos nas áreas de investigação de Literatura Popular, da Guerra Civil de Espanha e da deportação espanhola nos campos de concentração nazis, bem como de estudos sobre Camilo e Trindade Coelho. Ficcionista e poeta, recebeu, entre outros: Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco/ APE, Prémio Edmundo de Bettencourt de Conto e de Poesia, Prémios de Reportagem Kopke, Norberto Lopes/Casa da Imprensa de Lisboa e El Adelanto (Salamanca); Pedrón de Honra (Santiago de Compostela). Traduções em castelhano, galego, catalão, italiano, alemão, russo, esloveno, búlgaro, asturiano, entre outros idiomas.
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