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Júlio Pomar – Pintura de Histórias

Júlio Pomar

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Sinopse

Por volta de 1982-85 (tempo dos azulejos para o Metro de Lisboa e das variações sobre Edgar Allan Poe e a Mensagem de Fernando Pessoa) começou, de facto, um novo capítulo da obra de Júlio Pomar, em que se acentua ainda mais a importância dos temas literários e aparecem as figuras da mitologia clássica, com séries dedicadas ao Rapto de Europa, a Adão e Eva, Diana e Acteon, Salomé, Ulisses e as Sereias, etc. É um grande «período tardio», como disse Hellmut Wohl na exposição «A Comédia Humana», em 2004, no CCB, no qual Pomar volta a uma pintura gestual, em obras de grande formato, onde estão presentes o humor, a alegria e a liberdade, de viver e de pintar, a intenção crítica e a invenção narrativa e pictural. A pintura de Pomar torna-se ficção pictural, teatro, comédia e drama, transformando as histórias tradicionais em versões próprias, onde se exploram a constante metamorfose das figuras e a aceitação do acaso. O «estilo tardio» é de facto uma nova maturidade (e poder-se-ia também dizer uma nova juventude, pela sua energia e irreverência). Abordando os mitos históricos e outras narrativas, Pomar reencontra-se com a Pintura de História e cria uma original e poderosa PINTURA DE HISTÓRIAS, repensando o estatuto da figura e da narração, à distância da ilustração que tantas vezes o ocupou. Assim, o título da exposição [e deste livro] remete quer para a revisitação da História da Arte e dos seus mestres (Rubens, Poussin, Vermeer), quer para histórias inventadas e/ou recriadas pelo pintor, podendo dizer-se que aí reside uma das componentes conceptuais desta produção.

A invenção de histórias faz parte da recriação e continuidade da História e a sua reescrita de um alargamento necessário à actualização histórica. Por outras palavras, os mitos sobrevivem ao tempo através do recontar de histórias, e Pomar, não pretendendo descartar-se do passado, parece apropriar-se dele para o apresentar em novas versões ou possibilidades pictóricas, potenciando a ambiguidade e o enigma inerente à figura, através do gesto e da abordagem abstracta.

[Alexandre Pomar & Sara Antónia Matos]

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Autor

Júlio Pomar

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