A origem da Física, como a de qualquer outra ciência, perde-se na memória dos homens, para lá dos limites documentados historicamente. Quando é que os nossos antepassados se interrogaram pela primeira vez sobre a causa pela qual duas pedras, ao serem friccionadas, produzem faíscas? Por que é que o calor dilata dos corpos e o gelo diminui de volume ao fundir? As primeira interpretações físicas do Universo surgiram através da inteligência sistematizadora dos Gregos, organizados de forma racional e filosófica. Do primado da autoridade aristotélica – ipse dixit – aos génios de Galileu - «provando e tornando a provar» -, Newton - «eu consegui ver mais longe porque subi aos ombros de gigantes» - e Einstein - «Deus não joga aos dados» -, a física sofreu uma longa evolução, criando uma nova visão da natureza e da história do mundo em cada estádio. O Universo, tal como a física actual o codifica, desafia cada vez mais a inquietação e a audácia criativa do homem: é como um jogo, cujo prémio é o perfeito e definitivo conhecimento do próprio Universo.