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Sinopse

Uma releitura crítica sobre o fenómeno das visões ocorridas na Cova da Iria há 100 anos, partindo da situação sociocultural de Portugal e da Europa e da realidade familiar e psicológica das personalidades envolvidas.
Esta obra coloca ao serviço do grande público uma leitura que congrega o conhecimento das fontes com uma visão cristã de um fenómeno religioso de origem popular, sucessivamente apropriado e relido, reinterpretado ao compasso da história e sempre aberto no horizonte do futuro. Contribuiu para percebermos como as visões dos pastorinhos se transformaram numa proposta de alcance internacional.

Que visão de Deus e do mundo propõem? Que capacidade de futuro encerram? Reforçam ou debilitam a forma especificamente cristã de viver ao estilo de Jesus? Fátima permite regredir ou amadurecer uma vivência cristã? O momento histórico, nas suas dimensões sociopolíticas, culturais e religiosas é o húmus onde as «revelações privadas» são acolhidas. As visões interiores acontecem no tecido real da situação concreta, qual provocação para avisar a humanidade, com sentido profético, dos passos falsos e suscitar atitudes verdadeiras diante de perturbações exigentes de conversão.

Graças à consulta de material do Archivio Segreto Vaticano, o autor revela nestas páginas o processo da escolha do primeiro bispo da diocese de Leiria e traz à luz novos dados sobre a política portuguesa entre 1917 e 1930. Além dos videntes, fala-nos de personagens essenciais a Fátima, como o Padre Manuel Formigão e o Bispo D. José Correia da Silva. Se Fátima permanece com notável impacto não se deve apenas à autenticidade simples e infantil dos seus inícios, mas à capacidade que tiveram os mediadores dos factos e da mensagem, a começar pela própria Lúcia, dotada de uma vida longa, para retirar da imagética rudimentar uma resposta às situações históricas vividas pelas pessoas, individualmente mendigas de sinais de Deus, que recarreguem a sua vida de sentido e iluminem os passos obscuros da sociedade nas sucessivas crises e dificuldades.

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Autor

Carlos A. Moreira Azevedo

Nasceu em 1953 na freguesia de Milheirós de Poiares (Santa Maria da Feira). Foi ordenado padre em 1977. Doutorou-se, em 1986, na Faculdade de História Eclesiástica da Universidade Gregoriana. Foi Presidente da direção do Centro de Estudos de História Religiosa, de 1992 a 2001. Professor da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa desde 1987, foi Vice-Reitor da mesma Universidade (2000-2004). É Membro da Academia Portuguesa da História, desde 4 de fevereiro de 1998. Dirigiu a obra Dicionário e História religiosa de Portugal, em 7 volumes. Foi presidente da Comissão científica para a publicação da Documentação crítica de Fátima (1998-2008). Organizou diversas exposições de arte religiosa. Dirigiu vários projetos editoriais de revistas e de coleções de livros. Foi Presidente da Fundação Spes (2006-2013), criada por D. António Ferreira Gomes. Foi bispo auxiliar de Lisboa (2005-2011) e Secretário da Conferência Episcopal Portuguesa (2005-2008), presidente da Comissão Episcopal de Pastoral Social (2008-2011). É Delegado para o Conselho Pontifício da Cultura (11-11-2011), coordenando o Departamento dos bens culturais, e membro da Comissão de Archeologia Sacra (02-06-1915). Tem mais de uma centena de trabalhos publicados em livros e revistas.

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