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Escrita's da Resistência (Celan - Blanchot - Derrida - Nancy)

Fernanda Bernardo

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(coord.)



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Sinopse

[…] neste título, Escrita’s da Resistência, a palavra resistência é igualmente escutável como um epíteto da própria escrita, da sua incondicionalidade irredentista e da sua vocação vivificantemente inventiva – incondicionalidade que, índice da sua vulnerabilidade extrema, da insolência do seu magnífico impoder, se manifesta na justa hiperbolicidade de uma liberdade capaz de se opor não só a todo o tipo de poderes mundanos e/ou instituídos (políticos, económicos, religiosos, culturais, sociais, jornalístico-mediáticos, universitários, etc.), mas, mais liminarmente, ao próprio poder de poder.

Assim escutada, resistência seria antes de mais como que o timbre da própria escrita – um timbre que lhe lavraria, para além da sua hiper-eticidade de princípio, um bem singular apolitismo hiper-político. Um apolitismo hiper-político que a situaria do outro lado da mundaneidade do mundo a fim de melhor velar por ela, e que, distanciando-a assim do próprio político pensado, como no essencial ele sempre foi, e continua maioritariamente a sê-lo, a partir da polis (da politeia, da res publica) e à luz do princípio de poder (e daí o apolitismo de princípio da escrita e deste pensamento da escrita), é todavia portador, e da promessa de muito criticamente repensar a imundice da dita mundialização do mundo, e da fé em novas Luzes para um novo mundo de Luzes por vir. Neste sentido, uma escrita digna do nome seria sempre uma escrita da resistência – de justa resistência e de re-invenção.»

Limiar, p. 10

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Autor

Fernanda Bernardo

Fernanda Bernardo é professora de filosofia contemporânea na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - de longa data filosoficamente posicionada na Desconstrução e trabalhando na intersecção da filosofia com a literatura, a poética, as artes do visível, a ética e a política. Para além de tradutora de Jacques Derrida, de Emmanuel Levinas, de Maurice Blanchot e de Jean-Luc Nancy, é também autora de vários escritos, em revistas e obras colectivas nacionais e internacionais, "sobre" estes autores, de que se lembrarão aqui apenas os títulos dos do ano em curso: "Jean-Luc Nancy - peut-être du côté de l’anastasis"; "Les Carnets de Captivité - par-delà la mort, une ouverture sur le visage de Levinas. Entretien avec Alain David"; "A assinatura ético-metafísica da experiência do cativeiro de Emmanuel Levinas. Uma nova orientação para a filosofia - uma outra incondição para o humano"; "L'athéisme messianique de Derrida. "Penser et Agir à Contretemps" ou La portée hyper-politique de la Déconstruction"; "Moradas da Promessa. Demorança & Sobre-Vivência: Aporias da fidelidade infiel. Em torno do pensamento e da obra de Jacques Derrida"; "Penser le monde - Faire l'impossible: penser (et) agir à contretemps (La question de l'action dans la trace de Kant et de Heidegger contresignée par Derrida)" e "A "loucura" do perdão - um "impossível" da desconstrução derridiana"; "E. Levinas - J. Derrida: pensamentos da alteridade ab-soluta".

Membro do Comité Científico de Filosofia do SSHRC - CRSH (Canadá/2012), Fernanda Bernardo foi também a Representante de Coimbra-Cidade refúgio (2003-2006) no Réseau International des Villes Refuge afecto ao Parlement International des Écrivains (Strasbourg).

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