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Dos Romanov a Lenine - Relatórios de Jaime Batalha Reis sobre a sua saída da Rússia em 1918

Jaime Batalha Reis

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Detalhes do Produto

Sinopse

Ao longo do ano de 1917, a Rússia foi palco de extraordinários tumultos políticos e sociais. A dinastia que a governava há mais de 300 anos saiu de cena e deu lugar a um sistema de poder instável, que se ressentiu das perspetivas antagónicas dos vários actores revolucionários russos relativamente à continuidade do país na guerra. Depois da mal sucedida ofensiva de Kerensky (Junho-Julho), a cidade de Petrogrado esteve na iminência de ser capturada pelo exército alemão. Numa atmosfera de privações, pânico e anarquia generalizada, as imunidades dos agentes diplomáticos e legações estrangeiras deixaram de estar garantidas. Entre estas contava-se a representação da República portuguesa, chefiada pelo veterano diplomata Jaime Batalha Reis.

Cem anos volvidos sobre estes acontecimentos, impunha-se uma reedição dos relatórios em que o ministro de Portugal dá conta das circunstâncias atribuladas da sua saída da Rússia, num comboio diplomático rumo a Murmansk. Um estudo introdutório do historiador Pedro Aires Oliveira lança nova luz sobre as vicissitudes da sua missão em terras russas, numa conjuntura crítica do século XX.


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Autor

Jaime Batalha Reis

Nasceu em Lisboa em 24 de dezembro de 1847 e morreu a 24 de janeiro de 1935 em Torres Vedras. Formou tendo sido professor catedrático de Microscopia e Nosologia Vegetal no Instituto Geral de Agricultura. Foi também jornalista, crítico literário e da Geração de 70, onde contava vários amigos, entre os quais Eça de Queirós e Antero de Quental. Em 1882, quando era professor catedrático de Microscopia e Nosologia Vegetal no Instituto Geral de Agricultura, foi provido na carreira consular, sendo nomeado cônsul em Newcastle, onde estivera Eça de Queirós que, entretanto, assumira o Consulado em Bristol. Jaime Batalha Reis partiu em agosto de 18 com a família, para o novo posto, mantendo-se na carreira diplomática perto de trinta anos, até se aposentar em 1921. Publicou numerosos artigos na imprensa, em especial inglesa e francesa, sobre temas associados às questões africanas, foi convidado a integrar diversas Sociedades, nomeadamente de Geografia, onde regularmente proferia conferências. Neste âmbito foi também um membro importante na criação e desenvolvimento da Sociedade de Geografia de Lisboa. A par do seu desempenho como Cônsul foram-lhe confiadas diversas missões confidenciais como é o caso das negociações financeiras em Paris relativas à situação do crédito de Portugal (1890-1891) e a sua missão em Berlim para conseguir o apoio da Alemanha a Portugal (1888-1891). Ocupou ainda o lugar de representante diplomático de Portugal em Petrogrado, onde assistiu à Revolução de 1917 e foi envolvido nos acontecimentos diplomáticos que então ocorreram. Só em 1918 conseguiu sair por Murmansk. No mesmo ano, foi o delegado português à Conferência de Paz de Paris e, a seguir, representante de Portugal na comissão que iria elaborar o Pacto da Sociedade das Nações. No regresso a Portugal criou o Secretariado da Sociedade das Nações e lançou as bases da Associação Portuguesa para a Sociedade das Nações, de que viria a ser vice-presidente.

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