Sinopse
Este livro foi publicado por ocasião da exposição «Ilda David - Do negro a luz - Desenho
1986-2016» realizada na Fundação Carmona e Costa, em Lisboa, de 19 de Março a 30 de Abril
de 2016 com curadoria de Nuno Faria.
«Este é um livro definitivamente sem começo e presumivelmente sem fim. Um livro que se
inscreve num tempo sem tempo, numa arte sem história, que procura os filamentos de uma
linhagem a perder de vista, obscura e luminosa, secreta e refulgente. É um livro com
imagens em que se inscrevem palavras - das mais sábias, das mais antigas, distantes no
tempo e na geografia, mas nossas vizinhas, diria mesmo nossas contemporâneas. Goethe,
Dante, S. João da Cruz, Llansol,
Cântico dos Cânticos
, Dürer, Munch, Tagore, Lawrence, Benjamin, Vigée-Lebrun. [
] A história esotérica das
palavras e das imagens não tem época, revela-se nos encontros, nas pausas, nos tempos
mortos, nos intervalos. Antes de existirem como imagens as imagens de Ilda David formam-se
a partir desses laços invisíveis, de cruzamentos, de pontos de que só ela conhece as
conexões. É esse lugar, a função assignada ao desenho na economia do seu trabalho, no
universo de referências que vem construindo há mais de três décadas.»
[Nuno Faria]