Do Luso-Hebreu Isaac Abravanel a Boris Pasternak – O Vínculo Familiar
João Augusto David de Morais
Sujeito a confirmação por parte da editora
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Detalhes do Produto
- Editora: Colibri
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- Ano: 2024
- ISBN: 9789895664603
- Número de páginas: 184
- Capa: Brochada
Sinopse
O luso-hebreu Isaac Abravanel (c. 1430, Lisboa – 1508, Veneza) foi diplomata, cortesão e tesoureiro de renome internacional. Filósofo, exegeta notável e escritor brilhante, era detentor de um saber enciclopédico. Foi ministro da Fazenda de D. Afonso V, a quem concedia avultadíssimos empréstimos, sendo frequentador habitual da corte régia.
Todavia, posteriormente, D. João II viria a acusá-lo de ser conivente com os duques de Bragança e de Viseu na pretensa conjura para o assassinar. Para não ter a mesma sorte dos duques (o primeiro foi decapitado em público e o segundo foi apunhalado pelo próprio rei), Isaac Abravanel evadiu-se para Castela. El-Rei mandou, então, confiscar todos os seus valiosíssimos bens, e condenou-o à morte à revelia.
Em Castela, refez a sua fortuna e tornou-se Vedor da Fazenda (ministro das Finanças) dos Reis Católicos, Fernando e Isabel, que apoiou financeiramente na conquista de Granada aos mouros. Na sequência da expulsão dos judeus de Castela, migrou para Itália, onde voltou a servir em cortes reais. Com ele, expatriou-se também o seu filho Leão Hebreu (c. 1460, Lisboa – c. 1535, Veneza?), médico, diplomata, filósofo e autor do célebre livro Diálogos de Amor, que teve uma profunda influência em diversos filósofos, entre os quais Giordano Bruno e Baruch Espinosa.
Por vicissitudes várias, os membros do clã Abravanel foram migrando para diferentes paragens, designadamente Salónica, Odessa e Moscovo onde, por motivos de segurança pessoal, mudaram de nome, optando pelo apelido Pasternak. Boris Pasternak, escritor de nomeada, seria prémio Nobel da Literatura.
Se, por um acto de pura magia, nos fosse dado manipular o devir do tempo e projectar Boris Pasternak nos dias de hoje, o autor de O Doutor Jivago poderia obter a nacionalidade portuguesa, perfilando-se, assim, como o primeiro Prémio Nobel português da Literatura (1958) – José Saramago só viria a ser Prémio Nobel 40 anos mais tarde, em 1998.
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