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Detalhes do Produto
- Editora: Coisas de Ler
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- Ano: 2009
- ISBN: 9789898218162
- Número de páginas: 80
- Capa: Brochada
Sinopse
O nosso primeiro sentimento de identidade, ainda confuso e desenhando-se sobre um fundo de vivências e experiências mal definidas, que se amalgamam umas com as outras, é provavelmente o de sermos filhos de alguém. Filhos de dois seres que se nos apresentam no princípio de tudo, necessário e inevitável elo de ligação com tudo o mais.
Isso os qualifica de uma maneira óbvia como pais, como origem, como explicação da existência do filho. Filho que não escolheu nem desejou ser, mas que se confronta com a experiência de existir, oferecida por aqueles que desejaram que nascesse. E que lhe oferecem o privilégio de ser amado incondicionalmente, tendo o direito de tudo esperar, mesmo antes de saber o que é o desejo. João Seabra Diniz
O que todos nós, indivíduos e grupos humanos contamos, é uma viagem. A viagem do nosso nascimento à morte, a viagem da humanidade ou de um povo. Em geral condensamos as três numa só. Dessa viagem são feitos os grandes livros da civilização ocidental, a civilização do Livro: Bíblia, Édipo-Rei, Ulisses e Odisseia, Lusíadas, A Divina Comédia, D. Quixote
Maria Belo
O «Complexo de Édipo» é o termo mais célebre com que Freud cunhou o vocabulário e o pensamento do século XX. O Compêndio de Psicanálise sublinha já este facto e estende as consequências a todo o género humano: «se a psicanálise tivesse apenas no seu activo a descoberta do complexo de Édipo recalcado, isto só seria suficiente para a situar entre as mais valiosas das novas aquisições do género humano».
É em 1897 que Freud descobre o que terá levado o ser humano à narração da antiga lenda de Édipo. A carta de 15 de Outubro de 1897 a Fliess expressa a descoberta do seguinte modo: «encontrei em mim, e por toda a parte, sentimentos de amor em relação à mãe e de ciúme a respeito do pai»; e evocando mais adiante o efeito cativante que o Édipo-Rei de Sófocles continua a ter sobre o público, afirma: «todo o espectador foi um dia, em germe, em imaginação, um Édipo». José Martinho