Nas sociedades actuais, as manifestações de agressividade e violência tornaram-se cada vez mais frequentes. Quando comportamentos violentos são praticados por jovens é quase inevitável perguntar porque é que isso acontece e o que pode ser feito para diminuir a sua probabilidade de ocorrência. Tratam-se obviamente de questões bastante complexas para as quais não existem respostas definitivas.

Um factor de complexidade decorre da própria diversidade de formas de expressão que os comportamentos anti-sociais podem assumir nos jovens. Mas se o polimorfismo é o que caracteriza a actividade anti-social nos jovens, as modalidades individuais de evolução dessa actividade podem ser muito distintas. Assim, enquanto a maioria dos jovens se envolve em actividades transgressivas relativamente benignas, uma fracção restrita pratica as formas de delinquência mais graves e persistentes. 

A que factores e processos obedecerão topografias transgressivas tão distintas? Será possível individualizar trajectórias específicas de evolução da actividade delinquente? Que tipo de respostas podem ser organizadas para prevenir a ocorrência das manifestações anti-sociais mais graves e persistentes?