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Da Próxima Vez, o Fogo

James Baldwin

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Sinopse

«Deus mostrou a Noé o sinal do arco-íris, não mais haverá água, da próxima vez, o fogo!»

Este livro galvanizou toda uma nação quando foi publicado pela primeira vez, em 1963. Foi um dos primeiros a dar voz à luta do Movimento dos Direitos Civis. Composto por dois textos intensamente pessoais — «A minha masmorra estremeceu», uma carta ao seu sobrinho, escrita no centenário da abolição da escravatura nos Estados Unidos, e «Aos pés da cruz», ensaio sobre a relação entre raça e religião —, Da próxima vez, o fogo revela-nos a vida singular de James Baldwin, politicamente comprometida e interiormente conturbada. Ao mesmo tempo que nos dá conta do que foi crescer no bairro nova-iorquino do Harlem, faz uma condenação sem reservas do terrível legado da discriminação racial na sociedade americana. Enquanto reflete sobre os dilemas da espiritualidade à luz da religião e da sexualidade, lança um olhar provocatório sobre as contradições políticas que condenam os negros à invisibilidade ou à violência, desferindo um ataque direto, mas pacificador, à hipocrisia que reside no coração do país da liberdade.

Depois dos romances O quarto de Giovanni, Se esta rua falasse e Se o disseres na montanha, eis um dos testemunhos mais inspiradores de sempre sobre as profundas raízes dos conflitos raciais na América e sobre a procura íntima de um lugar para si no mundo. Um clássico da literatura, disponível pela primeira vez em Portugal.

«Prédica, ultimato, confissão, depoimento, testamento e relato […]. Tudo isto na prosa cáustica e brilhante que James Baldwin nos oferece, seja qual for o género em que escreve.»

The New York Times Book Review

«Estas palavras são tão eloquentes no seu fervor e tão incendiárias na sua honestidade, que conseguem inquietar todos os leitores.»

The Atlantic

«Um dos grandes intérpretes da América do século XX.»

Isabel Lucas, Público

«Uma elementar reflexão sobre a raça, pela mão de um dos maiores escritores americanos.»

Barack Obama

«Da próxima vez, o fogo é o melhor ensaio que já li. Tecnicamente, são dois, mas sentimo-los como apenas um. Baldwin recusava-se a segurar a mão de quem quer que fosse. Era simultaneamente frontal e belo. Parecia não querer escrever para nos convencer. Escrevia para além de nós.»

Ta-Nehisi Coates

«Baldwin não perdeu contacto com as origens da sua identidade, o que faz com que a sua obra possa ser lida e apreciada por uma comunidade de leitores mais vasta e diversa do que a de qualquer outro escritor americano.»

The Nation

«Nas tuas mãos, o verbo fez-se bonito outra vez. Nas tuas mãos, vimos como deve ser a palavra: nem sem sangue, nem sangrenta, mas viva. (…) Os milhares e milhares que se permitiram seduzir pela tua palavra, nesse mesmo gesto fizeram-se mais nobres, civilizados.»

Toni Morrison, no elogio fúnebre a James Baldwin

«Se Van Gogh era o artista-santo do século xix, James Baldwin é o artista-santo do século XX.»


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Autor

James Baldwin

James Baldwin nasceu em Nova Iorque, em 1924, no bairro do Harlem, onde cresceu e estudou. Partiu para Paris em 1948, fugindo ao racismo e à homofobia que grassavam no seu país. Viveu nessa cidade quase uma década, envolvendo-se politicamente com movimentos de esquerda, convivendo com artistas europeus e americanos e dedicando-se à escrita. Destacou-se desde cedo como romancista, ensaísta, poeta e dramaturgo. A par da actividade literária, notabilizou-se como uma das vozes mais influentes do Movimento dos Direitos Civis e dos movimentos de libertação homossexual. Foi, aliás, o primeiro artista afro-americano a figurar na capa da revista Time. Em 1953, publicou o primeiro romance, Se o disseres na montanha (Alfaguara, 2019), recebido entusiasticamente pela crítica. Na Alfaguara, estão ainda publicados O quarto de Giovanni e Se esta rua falasse. Seguir-se-ão outras obras do autor, por ocasião do centenário do seu nascimento, celebrado em 2024. James Baldwin morreu em 1987, no Sul de França, um ano depois de ter sido nomeado Cavaleiro da Legião de Honra Francesa.

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