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Detalhes do Produto
- Editora: Afrontamento
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- Ano: 1990
- ISBN: 9789723602401
- Número de páginas: 228
- Capa: Brochada
Sinopse
Houve um tempo em que sonhei coisas - não foi ser eleito deputado por Angola, não senhor, eram coisas simples e humildes que afinal não fiz, nem nunca farei.
Era por exemplo comprar uma camioneta e sair andando devagar por essas estradas, parando em todas as povoações para descansar (...).
Escreveria um livro, um livro muito simples como foi sempre meu desejo, um livro que contasse o que passam esses meus amigos das estradas, os condutores das camionetes de Angola.
pág. 77
A crónica foi muito cultivada nesta época.
E continuou a sê-lo ao longo dos tempos, praticamente até à independência do país.
Ernesto Lara Filho foi um esbanjador de talento, o homem que começou no topo da escala e foi descendo até ao mais fundo possível, transformando-se num marginal e num jornalista desempregado.
Assinou o melhor e o pior que se publicou na imprensa angolana. Mas as suas crónicas veiculam sempre o ideal nacionalista, embora por vezes de uma forma confusa.
Este tipo de literatura e jornalismo, nunca ninguém mais fará como ele... É no Jornal de Angola que como colaborador aparece Ernesto Lara Filho, um dos nomes mais sonantes e o que mais conhecido se tornou do grande público.
Durante alguns anos, ele assinou nas suas páginas as “Cónicas da Roda Gigante”, que dão o nome a este volume de prosas. A organização destas Crónicas foi efectuada por Artur Queiroz.
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