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Sinopse

Prémio da Crítica da Associação Portuguesa de Críticos Literários (2006)

Fiama Hasse Pais Brandão reuniu sob este título os três contos que no presente volume são, pela primeira vez, publicados. Trata-se de obras em que trabalhou no final da década de 90, paralelamente à peça, também inédita, «Noites de Inês-Constança».

Em 1991, Fiama publicara, com a designação de «novela poética», «Movimento Perpétuo», um texto que revela claras afinidades com aqueles três contos — e, de resto, também com a obra dramática atrás referida, que é editada simultaneamente com os «Contos da Imagem».

«Mais tarde quando o sono do meu filho me deixava o meu sono e a vigília em silêncio, pensei apenas que tivesses morrido como qualquer outra imagem volúvel, e nunca eterna.» — assim termina «Movimento Perpétuo», que é, à semelhança dos outros contos e de «Noite de Inês-Constança», uma visão do mundo como uma sucessão ou uma acumulação de volúveis imagens, temática presente, aliás, em outros momentos da obra anterior de Fiama Hasse Pais Brandão, desde a sua estreia, em 1958, com «Em Cada Pedra um Voo Imóvel». Por isso pareceu coerente juntar o «conto da imagem» de 1991 aos que Fiama assim intitularia alguns anos mais tarde. (Gastão Cruz)

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Autor

Fiama Hasse Pais Brandão

Dramaturga, tradutora e poeta, formada em Filologia Germânica na Universidade de Lisboa, exerceu actividade de investigação na área da literatura e da linguística. Revelou-se com "Morfismos", no âmbito da iniciativa Poesia 61, colectânea que reflectia uma tendência poética atenta à palavra, à linguagem na sua opacidade, na busca de uma expressão depurada e não discursiva. A criação poética de Fiama Hasse Pais Brandão impõe-se pela busca de uma expressão original, onde as palavras tentam evocar uma essência perdida, anterior à erosão do tempo e do uso corrente. A desconstrução das articulações do discurso e a sua metaforização provocam um estranhamento que conduz o leitor a despir a linguagem da sua convencionalidade e a entrever o acesso pela palavra pura a um tempo primordial. O critério de "amor pela leitura" que presidiu à versão de Cântico Maior pode, por extensão, ser aplicado à obra da autora que apresenta como fontes de emoção poética "o texto que cabe na pupila: o simultâneo, a grande cena das metáforas e das comparações, a Visão multiforme do Conhecimento (pus no coração a Sabedoria de Ezra), que é parcelar nas palavras e nas imagens e que só por acumulação diurna e através da absorção pupilar (como a do ar) tende para o Todo." ("Do prefácio de Cântico Maior", reproduzido em "Apêndice" a Obra Breve, 1991). Sob o Olhar de Medeia, a obra que marca a primeira incursão no romance por parte desta autora, foi publicado em 1998. Faleceu em Lisboa no dia 19 de Janeiro de 2007.


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