As extraordinárias descobertas da neuroplasticidade e como estão a ser usadas terapeuticamente.

Aos três anos, Simon foi diagnosticado com uma espécie de autismo. Hoje Simon é um excelente aluno, integrado, e até recebeu uma medalha de ouro no karaté. A terapia milagrosa? Mozart. Ou se quisermos, "medicina musical". Foi a própria mãe de Simon que contou a história a Norman Doidge.
O autor, psiquiatra e professor universitário, tornou-se célebre quando publicou The Brain That Changes Itself (O Cérebro que se Muda a Si Mesmo). O livro popularizou a mais excitante descoberta da neurociência das últimas décadas: a neuroplasticidade. Em termos simples, a neuroplasticidade é a capacidade que o cérebro tem de se moldar. Ou seja, a sua estrutura e funções podem alterar-se em função dos pensamentos ou de estímulos externos (como a música). Isso significa que podemos criar novas respostas (ou novos circuitos neuronais) para males crónicos como a dor ou a depressão.
Em Como o Cérebro Cura, Norman Doidge relata histórias das curas que testemunhou de doentes a quem tinha sido dito que nunca iriam melhorar. A plasticidade do cérebro e as possibilidades de cura que se vislumbram vão fasciná-lo, numa obra em que toda a ciência é explicada e em que não falta uma lista de tratamentos recomendados para perturbações como traumatismo crânio encefálico, epilepsia, ansiedade, hiperatividade e até alcoolismo.

“Este é um livro sobre milagres: um fascinante compêndio de curas improváveis, que prova como o cérebro nos pode curar. Fascinante... faz lembrar Oliver Sacks.”
The Guardian