Cidades do Atlântico - Literatura, Biopoder e Colonialidade
Luca Fazzinni
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Detalhes do Produto
- Editora: Colibri
- Categorias:
- Ano: 2025
- ISBN: 9789895665051
- Número de páginas: 238
- Capa: Brochada
Sinopse
Cidades do Atlântico - Literatura, Biopoder e Colonialidade propõe uma leitura renovada das cidades-porto de língua portuguesa como espaços onde se inscrevem, de forma particularmente visível, as persistências da colonialidade na contemporaneidade global. A partir de um diálogo interdisciplinar entre literatura, filosofia política e estudos urbanos, o livro analisa as lógicas de exclusão, racialização e violência – desde a escravatura e a expansão imperial até às atuais dinâmicas urbanas neoliberais – que continuam a moldar corpos, territórios e formas de vida. Inspirando-se em autores como Michel Foucault, Achille Mbembe, Frantz Fanon, Antonio Negri ou Jacques Rancière, e analisando obras literárias e artísticas de Angola, Brasil, Cabo Verde e Portugal, o estudo revela o Atlântico como uma geografia crítica de conflitos e resistências.
Entre marés, portos e travessias, estas páginas mostram como a escrita urbana se torna um laboratório político, capaz de repensar pertenças, ex- por mecanismos de poder e imaginar outras modalidades de comunidade.
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“(...) o mar, símbolo de fluidez e de movimentos que aproximam as fronteiras atlânticas, contrapõe-se, assim, à solidez da terra, sobre a qual se erigiram – e continuam a ser pensadas – identidades essencialistas e excludentes. É através dos fluxos marítimos que se desenham as rotas entre os portos do Rio de Janeiro, Lisboa, Luanda e o arquipélago de Cabo Verde, geografias atlânticas encenadas pelas obras que alimentaram as reflexões destas páginas. Como as marés, os capítulos de Cidade do Atlântico. Literatura, Biopoder e Colonialidade propõem deslocamentos contínuos entre estes portos oceânicos, interligando experiências e narrativas que revelam as violências e os conflitos inscritos na vivência quotidiana do espaço urbano. Violências que evidenciam eloquentes continuidades com o passado, recordando que foi precisamente pelas engrenagens colonialistas e escravistas que o capitalismo delineou as suas estratégias de exploração do espaço e do corpo do Outro.”
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