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Detalhes do Produto

Sinopse

Segundo o dicionário, em teatro chama-se pano de fundo à tela situada ao fundo do palco e que funciona como complemento cenográfico. Ou seja, a tela diante da qual decorre toda a acção da peça e onde deambulam os actores e as actrizes, as diferentes personagens criadas e quaisquer outros intervenientes em cena. Em “Céu de Lisboa” a cidade é o pano de fundo de um conjunto de contos, de pequenas histórias, onde Lisboa surge de várias formas: mais real, mais irreal, mais ficcionada, mais fantasiada e mais irreconhecível. Por outras palavras, e mais que um pano de fundo ou cenário de teatro, Lisboa é sobretudo a motivação para uma escrita pessoal e talvez inquieta – a escrita de um dos seus habitantes e amantes.

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A minha imagem de um mártir real tropeçou, e ficou encalhada, nos desaires do infante D. Fernando, da dinastia de Avis, em Fez. Esse sim, era um mártir respeitável, aprisionado em batalha contra inimigos da fé, de espada na mão, e penando o resto dos seus dias na enxovia – palavra usada aqui como sinónimo de cárcere – em cativeiro norte-africano, nunca redimido, e acabando por morrer abandonado pela família e pela pátria, em 1443. Ignoro se, no seu caso, faria muito sentido a distinção – depois tornada corrente – entre família e pátria.

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Autor

Simão dos Reis

SIMÃO DOS REIS, licenciado em Medicina pela Universidade de Lisboa e depois especializado em Patologia Clínica, fez igualmente o Curso de Imagem da Escola Superior de Cinema, no Conservatório Nacional. A par da carreira hospitalar dedicou-se a diversas actividades, que incluíram estágios e workshops de direcção de actores e de encenação. Participou, como assistente de Polina Klimovitskaia em espectáculos baseados textos de Shakespeare e de Tchekov. No cinema, colaborou com Rosa Coutinho Cabral em diversos projectos fílmicos que incluíram Cães sem Coleira, Serenidade e Lavado em Lágrimas. Foi co-argumentista e co-realizador, com José Dias de Souza, de A Sétima Letra, filme que representou Portugal no Festival de Locarno. Em teatro, fez e encenação de um texto de sua autoria, As Salas Bonfatti. Publicou há pouco uma colectânea de contos a que chamou Ilhas Imateriais.


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