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Sinopse

Cada época teve a sua moda, a sua maneira de estar e de ser, de vestir e de andar, de sentir e de pensar. Cada época teve os seus encantos e os seus desencantos, os seus sossegos e desassossegos, os seus costumes, os seus lugares. Tudo isso constrói o tecido social. Lê-se as CONFISSÕES DE LÚCIO, de Sá Carneiro, o BANQUEIRO ANARQUISTA, de Fernando Pessoa, e nessas prosas, nessas novelas, tem-se o sangue, os nervos, muita da carne do corpo que o modernismo foi. Mas em nenhum desses textos se encontra a frescura, a vivacidade de ANTÓNIO FERRO. No quadro que em prosa nos deixou, estão as mesmas cores, os mesmos contornos, as mesmas tonalidades que achamos em Santa Rita Pintor e Almada Negreiros. Novelas modernistas, escritas por um dos fundadores do ORPHEU. O perfil da mulher moderna, neta da mulher vitoriana, livre e audaciosa. O retrato da Baixa Lisboeta.

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Autor

António Ferro

António Ferro (1895-1956) foi um escritor modernista português, jornalista e também o grande dinamizador da política cultural e de propaganda do Estado Novo.

Nascido no seio de uma família pequeno-burguesa lisboeta, António Ferro frequenta o liceu Camões, onde conhece Mário de Sá-Carneiro de cujos textos é um dos primeiros leitores.

Em 1912, com Augusto Cunha, publica o seu primeiro livro de poesia que merece menções elogiosas de Fernando Pessoa, João de Barros, Mário de Sá-Carneiro, Afonso Lopes Vieira ou Augusto Gil, entre outros.

De 1913 a 1918 estuda Direito na Universidade de Lisboa, onde é um dos principais dinamizadores de actividades culturais. Em 1915, é o editor da revista Orpheu, uma escolha de Mário de Sá-Carneiro.

Abandona o curso pouco tempo antes do exame final para se dedicar ao jornalismo nos principais órgãos de imprensa escrita da época. Além de dezenas de crónicas notáveis torna-se o mais importante entrevistador nacional. Estrelas de cinema, artistas plásticos, personalidades diversas que marcaram o seu tempo foram entrevistados em todo o mundo por António Ferro.

Como boa parte dos vanguardistas da sua época, António Ferro desenvolveu um fascínio pelas ditaduras nascentes na época. A maior parte dos intelectuais no mundo ocidental que se afiliavam às vanguardas viam nos novos líderes políticos a única via para romper com a tradição e implementar reformas de modernidade.

Enveredou por uma carreira como director do Secretariado da Propaganda Nacional, órgão através do qual «geria» a imagem do regime político a nível nacional e internacional. Serviu-se desse cargo para trazer a Portugal grandes artistas e intelectuais internacionais e proteger e promover artistas nacionais no país e no estrangeiro.

Desencantado com o caminho cultural do país e o fracasso do seu objectivo de modernização, António Ferro assume a carreira diplomática. A partir de 1949 vive sobretudo fora de Portugal, regressando a Lisboa pouco tempo antes da sua morte, em 1956.

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