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Sinopse
É difícil encontrar um denominador comum nas obras de Igor Jesus. Não há uma forma, um material ou um tema que se repita e o seu trabalho resulta sempre de processos de construção muito diversos. Umas vezes, as obras nascem de uma experimentação com mecanismos produtores de som, imagem ou movimento. Outras, é a possibilidade de captura de imagens, quase impossíveis, que está na base da construção da sua obra.
Este primeiro livro não é retrospectivo, mas propõe uma leitura do conjunto da sua obra que a revela como um trabalho acerca de energias. As energias latentes numa lâmpada que, quando acende, produz um acontecimento, a energia do motor de um remo estático que, quando accionado, produz movimento, a energia de uma imagem guardada que o artista redescobre e utiliza. E sempre, sempre, sempre, a energia do corpo humano.
[Nuno Crespo]
Muitos pensadores da área da filosofia defendem que não se consegue compreender o pensamento de Nietzsche se se colocar de parte a sua vida.
Sabendo que a vida de Igor Jesus — como de qualquer outro autor — não esclarece a obra, diria, no entanto, que a sua obra e a sua vida são, como para Nietzsche, indissociáveis.
No caso de Igor Jesus, a parte da vida permanece resguardada pelo artista. Pode revelar-se, porém, que foi atravessada pela morte e pela perda, a estas sobrevindo, sempre, sempre, de modo distinto de Nietzsche, a pulsão de vida.
[Sara Antónia Matos]