Este novo livro de Paulo Martins, Até breve, poeta, envolve o leitor num dramático abraço, carregado de poesia e paixão, seduzindo-o do começo ao fim. Através de uma narrativa cheia de sensibilidade, o autor deixa transbordar o seu encantamento pela poesia, e revela um vasto conhecimento do seu universo.

Mas além do mundo da poesia, ele é também chamado a refletir sobre juventude, amor, ditadura, resis- tência e revolução. Desde a infância, o jovem protagonista já bordava em tecidos poéticos. Recém-saído da adolescência, se vê diante dos turbulentos anos de 1960 no Brasil: o golpe militar de 64 e a resistência à ditadura que se segue.

Com a alma ardente de paixão pela poesia, o jovem aprendiz de poeta não escapa ao furacão guerrilheiro que arrasta a América Latina na resistência à barbárie. Como uma faísca num campo tórrido, sua alma é incendiada pela paixão revolucionária. São anos de lutas, escolhas, dúvidas, compromissos e decisões. Poesia ou revolução? Poesia e revolução? Seria aquele um tempo de poesia? - pergunta-se, angustiado. Assim nasce esse belo romance sobre poesia e revolução, com que Paulo Martins nos presenteia. Ficarão dentro de nós, como uma tatuagem, os dilemas de um jovem poeta diante da História. Haverá dicotomia entre poesia e revolução? - Tânia Miranda, historiadora.