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As Mulheres que Celebram as Tesmofórias (a partir de Aristófanes)

Textos de Teatro

Odete

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Detalhes do Produto

Sinopse

Mais de dois milénios depois da estreia de «As Mulheres Que Celebram as Tesmofórias», de Aristófanes, esta peça renasce num mundo onde a linguagem e o poder estão em disputa permanente.
O Tesmofórion torna-se agora uma assembleia caótica, onde, da margem, se debate o futuro da retórica política. No centro da controvérsia está a grande questão: queremos integração num sistema falido ou um outro caminho?
Enquanto os discursos inflamam e os antagonismos se acentuam, um grupo em particular (as pessoas trans) vê-se transformado no bode expiatório das falhas do sistema. Acusadas ora de radicalismo desestabilizador, ora de serem peões úteis para manter tudo na mesma, tornam-se o alvo preferido de um jogo político em que a culpa se distribui mas o poder raramente muda de mãos.
Contudo, nesta assembleia nada é linear: esta é uma para-tragédia em que a comédia se torna parasítica de algo que nada tem de risível. Das vozes das personagens, ecoa uma cacofonia de referências familiares, uma espécie de arquivo de memes portugueses em que o riso se confunde com o desespero e a tragédia se disfarça de piada viral. Entre farsas, traições e revelações inesperadas, esta reescrita moderna da comédia de Aristófanes expõe o absurdo de uma sociedade que, perante o colapso, continua à procura de culpados em vez de soluções.

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Autor

Odete

Odete C. Ferreira (1995), mais conhecida como Odete, é uma ativista, artista, performer, produtora e DJ transgénero portuguesa.
Trabalha entre a performance, o texto, as artes visuais e a música. O seu trabalho é obcecado pela escrita historiográfica, utilizando o erotismo e a paranoia como duas formas somáticas de se relacionar com os materiais de arquivo. Escreve através do seu corpo, especulando biografias de personagens históricas através de prazeres epidérmicos: moda, personalidade, presença, fragrância, graça, sensibilidade. Afirma ser uma filha bastarda de Lúcifer, descendente da prática medieval de pactos satânicos para alterar o corpo sexuado de alguém. Tem pesquisado e trabalhado em torno da construção de pontos de ligação entre histórias «efeminadas», desde os castrati barrocos até aos dandies do século XIX. A sua pesquisa mais recente centra-se na figura do eunuco, estando previsto o lançamento do seu próximo livro pela editora neerlandesa Outline. O seu trabalho pode ser consultado em odete.pt.

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