Ana Maria Javouhey é um convite vivo, um modelo de santificação pessoal para todas as idades e situações, porque pôs a render as suas qualidades humanas e espirituais, porque descobriu a presença de Deus numa busca constante de conhecer e fazer a sua Vontade porque, em situações por vezes proféticas, descobre na oração o querer divino, que a faz feliz e a leva a querer «estar em toda a parte onde houver bem a fazer e sofrimento a aliviar…»

Ana Maria Javouhey soube ver que não podia confinar a sua sede de Deus ao lugar onde nascera e vivia, mas tinha que alargar a todo o mundo, num audacioso zelo, o Evangelho - a Palavra de Deus - «para que todos se salvem, que todos sejam felizes!» 

A sua ampla visão, «tão grande como as dimensões do mundo» - podemos dizer que profética - suscita as iniciativas mais audaciosas, «o bem a fazer e o sofrimento a aliviar!» e esse bem encontra-o tanto em França, como nas montanhas dos Himalaias, nas pequenas aldeias peruanas, como nas ilhas do Pacífico, do Atlântico ou das Antilhas… para onde enviou as suas Irmãs; o bem espera-a no abominável tráfico dos africanos, nos alienados de Alençon, nos leprosos da Guiana, nos órfãos ou nos que são vítimas das várias revoluções da França do seu tempo.