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A Implantação da República em Cabo Verde

Maria de Lurdes Caldas

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Sinopse

«À dimensão local e com as particularidades da sua organização económica e social, as parcelas ultramarinas portuguesas viveram intensamente a transição da Monarquia para a República e os primeiros anos do novo regime. À semelhança da Metrópole, também no arquipélago de Cabo Verde ocorreram greves, protestos e enfrentamentos físicos; também se produziram discursos inflamados – que nem requeriam tribunas institucionais para serem proferidos – e, naturalmente, os encarniçados duelos de imprensa. Só não se registaram os atentados à bomba e os assassinatos, extremos de violência política a que o Portugal europeu não se subtraiu até à institucionalização do Estado Novo. As polémicas partidárias metropolitanas haveriam de repercutir-se no arquipélago, e com idêntico fervor.»

«Mais do que passivas receptoras do novo regime, as elites das ilhas foram activas construtoras dessa recepção. Foram-no pela sua intervenção directa junto dos governadores, pelas campanhas que desenvolveram na imprensa local, de cujos órgãos eram proprietárias e de que se serviam para condicionar a acção governativa, e ainda no próprio centro metropolitano do poder, uma vez que, no seu afã intermediador, rendibilizaram os laços familiares que as uniam a alguns dos novos inquilinos do poder. Se houve épocas em que as ligações familiares entre os oligarcas locais e as autoridades do “centro” político foram particularmente exploradas, esta foi uma delas. A ilha do Fogo emergiu como catalisadora desta imbricada teia de intermediação. Alguns dos novos deputados, directores-gerais e ministros tinham partilhado refeições e brincadeiras de infância na então vila de São Filipe, em casa dos avós comuns.»

Da «Apresentação» 

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Autor

Maria de Lurdes Caldas

Licencia da em História, mestre em Estudos Africanos e doutorada em Ciências Sociais pela Universidade de Lisboa. Depois de vários anos de docência, consagra-se actualmente à investigação histórica, desenvolvendo a sua actividade como investigadora do CHAM – Centro de Humanidades da Universidade NOVA de Lisboa. Os seus campos de interesse e investigação são a história social e política portuguesa contemporânea e a história colonial e pós-colonial.

É autora de O Sangue Não se Lava Brancos e Não-brancos num Arquipélago Mestiço (2024), A implantação da República em Cabo Verde – Um Abalo Político de Grande Magnitude (2023), obra a que a Academia Portuguesa da História atribuiu o prémio “CTT – D. Manuel I” (2023), Antónia Pusich – Uma Mulher Invulgar (2022), Francisco de Paula Medina e Vasconcelos – A Vida Tormentosa de um Poeta Mação (2021) e Os Medina e Vasconcelos – História de uma Família (2019), obra distinguida pela Academia Portuguesa da História com o «Prémio Fundação Calouste Gulbenkian – História da Presença de Portugal no Mundo» (2019).

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