UM CAPÍTULO ESPECIAL, O NATAL. DESCUBRA O NOSSO CATÁLOGO AQUI.

Partilhar

A Despedida - Onde fica o cemitério das gaivotas?

Eduardo Palaio

Em stock online



Desconto: 10%
13,50 € 15,00 €
Wishlist Icon

Poderá gostar

Desconto: 10%
13,50 € 15,00 €
Wishlist Icon
Desconto: 10%
17,99 € 19,99 €
Wishlist Icon
Desconto: 10%
17,37 € 19,30 €
Wishlist Icon
Desconto: 10%
10,80 € 12,00 €
Wishlist Icon
Desconto: 10%
4,00 € 4,44 €
Wishlist Icon
Desconto: 10%
13,95 € 15,50 €
Wishlist Icon
Desconto: 30%
12,53 € 17,90 €
Wishlist Icon

Detalhes do Produto

Sinopse

Pouca gente, numa vida inteira, teve ocasião de, enquanto jovem, ver chegar o fim, a morte: “já está!”. Ter estas duas palavras entre os dentes. E o ponto de exclamação. Igual ao frio que sente quem, com os pés pesados, está no centro do alçapão que vai deixar de ser tábua, substituído por abismo... a tropa do pelotão de fuzila- mento apoia os dedos nos gatilhos, as cabeças descaem os turban- tes para a altura dos canos das armas. Afinam a pontaria. Um sussurro de pés nas últimas filas. As costas do Manuel Matos contam os pingos de suor, frios, muito frios, um, dois, três, outro. Escorrem salgados por entre as nádegas, magras.

***

... o mastro erguido que navega nas ondas deixou de ser carne do freixo: os do bote do Mosca morrem todos afogados, o Malfeito naufraga e morre a companha toda, o bote do Pardal foi pelo mar abaixo e foi dar a Aveiro, o S. Pedro, do António Policarpo, afundou. Os pescadores de mar desapareceram. O que se levanta aos céus não é um freixo é uma chaminé de fábrica.

Uma geração vai uma geração vem, houve um tempo em que os velhos e os novos viviam no mesmo tempo: não é o caso presente. “... mais cinco mais dez anos morrem, ou pior, nem sabem que ainda cá estão” – isto é o que se diz dos protagonistas. São mais de vinte, a maioria dos homens esteve na guerra, o que por lá fizeram será contado; é gente cultivada, um sabe tudo de sinónimos, outro é assíduo leitor de Homero e Virgílio.

Suspeita-se de uma reencarnação.

Em certo sentido este livro é uma encomenda patética.

Ler mais

Autor

Eduardo Palaio

Em 1980, começou pela literatura infantil com o livro “Pinta-o às Bolinhas Azuis” (Edit. Plátano).  Em 2010 foi galardoado com o Prémio Nacional do Conto Manuel da Fonseca que voltou a ganhar na recente edição de 2024, em 2011 recebeu o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores. Teve ainda distinguidos vários trabalhos na área do conto e da literatura juvenil.  Últimos trabalhos publicados: “A Peregrinacão de Artur Vilar” (Ed. Miosótis); “Os Dez de Tanger” (Ed. Clube do Autor); “Caixa Baixa”; “A Despedida”; “Tipografia, Narrativas de uma Arte Universal” e “Nobres Povo... ou o Magnífico Pelotão chamado Que Es Adof ” (Edições Colibri). Natural do Seixal, dedica-se ainda a artes gráficas, com relevo para o desenho, ilustração, a pintura e o mural.

Ler mais