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Sinopse

A MAIOR ENTREVISTA DO PENSADOR, NA SUA PRIMEIRA EDIÇÃO COMPLETA, COM UMA SEGUNDA PARTE INÉDITA.

A publicação integral de Vida Conversável constitui um marco fundamental na bibliografia de Agostinho da Silva, abrindo novas e surpreendentes perspectivas a um pensamento em movimento perpétuo e que nos exalta pela magia incandescente do verbo. 

«À minha frente folhas amareladas de Vida Conversável, segunda metade inédita do texto dactilografado com as marcas da revisão, letra inconfundível de Agostinho da Silva. Não foram só trinta e três anos, foi uma época que passou. Mas o texto não pertence ao passado. Só a letra precisava de uma revitalização. A palavra permanece actual e viva, como nos dias da sua gravação.» 

Henryk Siewierski 

«Quando eu outro dia estava ali à beira do Tejo a observar uma gaivota que aparece no Inverno em Portugal, a arcus marina, que voa agora muito por aí, e vi no bico que é amarelo a mancha vermelha característica daquela gaivota... Sabe para que é aquela mancha? Não. A gente nem pode dizer para que é, porque em ciência não há para. Mas o que acontece é que os filhos quando estão no ninho e ainda não sabem comer batem com o bico naquela mancha e o animal adulto vomita a comida para eles comerem. Então eu quero ver como é que aquilo se explica pela evolução. Quer dizer, porque é que os filhos não morreram logo no primeiro dia quando o bicho não tinha ainda a mancha. Ou como é que foi, como é que foi aparecendo aquela mancha para os pequenos picarem ali.» 

Agostinho da Silva 

«O livro é este que o leitor tem aberto nas suas mãos e que porventura, aqui chegado, já deverá ter lido. Seria agora, pois, coisa sem jeito que sobre o teor do seu texto me houvesse eu de perder em grandes considerações. Não o consente, de resto, a gesta caleidoscópica que dele brota incitante e irresistível. A gesta da vida, plural, vibrante e fecunda, num torvelinho de quadros pinturescos em que o poder descritivo e narrativo do verbo agostiniano raia o sublime, do concreto anedóctico induzindo ideias como luzeiros.» 

Pedro Martins

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Autor(es)

Henryk Siewierski

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Agostinho da Silva

George Agostinho Baptista da Silva ficará para a memória do mundo de língua portuguesa pelo saber desafiante e pluridimensional, aliado à incomparável ação de intervenção cultural durante o séc. XX de todo o mundo lusófono. Nascido a 13 de fevereiro de 1906 no Porto, termina a licenciatura em Letras aos 22 anos e o doutoramento aos 23, ambos com 20 valores, summa cum laude, inédito para a época. Impossibilitado de trabalhar no ensino superior por colaborar na Seara Nova, dá continuidade à carreira no ensino liceal, iniciada em 1928. Por encargo da Junta de Educação Nacional, funda em 1931 o Centro de Estudos Filológicos e desloca-se a Paris onde, até 1933, desenvolve estudos na Sorbonne e no Collège de France. Em 1935, em Aveiro, é demitido do ensino oficial: recusara-se a assinar a declaração que atestava não pertencer ou vir a pertencer a qualquer associação secreta. Vivendo de explicações e aulas em colégios particulares e da publicação de centenas de Cadernos de Divulgação Cultural e Biografias, percorre o país difundindo o saber e a cultura em associações e agremiações populares. Encarcerado pela Pide durante 18 dias no Aljube, obrigado a residência fixa, e vendo-se com cada vez mais reduzidas hipóteses de trabalho, emigra para o Brasil em 1944, fundando universidades e centros de investigação por toda a América Latina, sendo também assessor do presidente Jânio Quadros. Naturalizado brasileiro em 1959, promotor da criação da CPLP, regressa a Portugal em 1969. Aposentado como professor universitário no Brasil, é reintegrado no ensino superior por decreto presidencial, com direito a todos os vencimentos retroativos que aplica, em 1976, num Fundo que até hoje se mantém para atribuição anual do prémio D. Dinis a estudantes. Com marcante participação na rádio e TV, presença em revistas, congressos e conferências, recebe honrarias, títulos e medalhas. Depois de ter publicado mais de 200 títulos em Portugal e no Brasil, e de, em 1992, ter obtido de novo a nacionalidade portuguesa, em 3 de abril de 1994 atinge «um silêncio tão de espanto /que era todo o universo à sua volta/ um seduzido canto». Assim rezam os seus versos na lápide do Alto de São João.

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