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Sinopse

Parece evidente que o disfarce masculino de Altina contribuiu para conferir consistência à argumentação, na medida em que a prova da igualdade de capacidades entre os dois sexos, fica à vista do leitor pelo relato da protagonista.

Salvo melhor opinião, o aspecto mais interessante da obra de Caetano de Campos reside, porém, no facto de a personagem assumir a mudança para, no âmbito das diferentes «ciências», poder estudar particularmente Física e Matemática em condições iguais às do sexo masculino, embora a estratégia, como motivação global de aquisição do saber, encontre inspiração em muitos textos anteriores, praticamente desde a Antiguidade.

LUÍS ALTINA DE CAMPOS – A biografia do provável autor de Viagens d’Altina (publicado anonimamente) permanece envolta em mistério.

Inocêncio Francisco da Silva anota como data de nascimento 1750 e define-o como «dotado de grande engenho e talento, não menos aplicado às ciências físico-matemáticas, que aos diversos ramos de filologia e belas-letras. Versado na lição dos filósofos enciclopedistas franceses, mostrava sobretudo notável predilecção por Mercier, a quem procurou seguir e imitar na sustentação e defesa dos mais estranhos paradoxos. Viajou por diferentes vezes em vários países da Europa, já de seu motu próprio, já para escapar-se às pesquisas da polícia que em diversos tempos o perseguiu, julgando ver nele um conspirador contra a ordem estabelecida e um fervoroso sequaz e apologista das ideias da revolução francesa» (Dicionário Bibliográfico Português, Lisboa, INCM, tomo V, p. 236).

Atribui-se-lhe um amplo conjunto de traduções e Graça e Sebastião da Silva Dias, bem como A. H. de Oliveira Marques, apontam, com mais ou menos certeza, relações com a maçonaria. As suas iniciais encontram-se dispersas, com excepção da do nome Altina, nas letras iniciais dos dezanove capítulos que formam o tomo primeiro.

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Autor

João Maia e Silva

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