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Uma campa em África Volume I - Memórias em Tempo de Amnésia -

Álvaro Vasconcelos

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Sinopse

Estas Memórias em Tempo de Amnésia são publicadas em dois volumes. O livro trata sobretudo do que era proibido lembrar, do que era subversivo memorizar. Os crimes deviam ser esquecidos para todo o sempre. Podia-se ser preso e torturado por ter visto o crime que nenhum registo podia guardar e ficava, apesar de todo o esforço dos fazedores de silêncio, na memória dos homens. Nos contadores de histórias, nos que pela tradição oral preservam as lembranças dos seus antepassados.

Mas as dificuldades do presente funcionam como uma droga que apaga a memória e propaga como um vírus a amnésia coletiva, tornando a sociedade mais frágil perante ameaças já conhecidas pela humanidade.

Uma Campa em África, o primeiro volume, aborda os caminhos que me levaram, ainda menino, para África. Aí vivi entre 1953 e 1967, primeiro em Moçambique, depois na África do Sul. Pretende ser um testemunho da viagem às trevas que era viver em África no tempo em que o racismo era política de Estado, quer fosse na mentira lusotropical ou no horror do apartheid. É um testemunho em nome do dever de memória, contra a política do esquecimento e o revisionismo histórico sobre o crime contra a humanidade que foi o colonialismo.

Da Beira da minha infância, da cidade branca, resta uma campa; aí jaz a minha avó Amélia Claro, que eu tanto amara no Douro.

O segundo volume, Utopias Revolucionárias, abordará os anos de exílio e a revolução cultural de Maio de 68, ponto de encontro da contracultura americana e do marxismo europeu, da desconstrução do sistema patriarcal e da luta pela igualdade. É a conclusão da minha crónica dos longos anos 60, que terminaram com o 25 de Abril de 1974 em Portugal.

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Autor

Álvaro Vasconcelos

Fundador do Fórum Demos, é investigador do CEIS20 da Universidade de Coimbra e foi investigador convidado do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (2014-2015). Foi Diretor do Instituto de Estudos de Segurança da União Europeia/EUISS (2007-2012) e do Instituto de Estudos Estratégicos e Internacionais (IEEI) de Lisboa, desde a sua fundação, em 1980, Álvaro Vasconcelos até 2007. Opositor do Estado Novo e da guerra colonial portuguesa. Viveu no exílio, em Bruxelas e Paris, de 1967 a 1974, onde fundou o jornal O Salto. Regressou a Portugal depois do 25 de Abril onde participou no processo de transição democrática. É autor de numerosos artigos na imprensa portuguesa e internacional e autor e co-autor de numerosos livros e relatórios particularmente em temas de política externa. Autor do livro La Vague Démocratique Arabe. L’Europe et la question islamiste.

Harmattan, Paris, 2014. Autor do livro: 25 de Abril no Futuro da Democracia, Estratégias Criativas, 2019. O seu último livro intitula-se Utopias Europeias: o Poder da Imaginação e os Imperativos do Futuro, Álvaro Vasconcelos (coord.) Fundação Serralves. 2021.Álvaro Vasconcelos é cavaleiro da Ordem da Legião de Honra (França) e Comendador da Ordem do Rio Branco (Brasil).

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