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Sinopse

Tindersticks, é o conto mais antigo. Escrito em 1999 sob a influência da música da banda de Stuart Staples, decorre numa atmosfera soturna e algo depressiva, hábil em aprisionar nela as personagens. Essa depressão, com laivos de ressentimento, reaparece em Ritos Matinais na incompreensão pela solidão a que se votou. Nas Costas dos Outros é uma critica mordaz, um ensaio sobre a solidão, que se vem a revelar como um ensaio sobre a cegueira. A cegueira de quem observa sem aprender.

Os contos escritos entre 2009 e 2014 têm como traço comum o de confrontar as personagens e o leitor com o outro ângulo da questão (Sonho de Vicente Baptista e Eu Quero um Dispositivo!). Esta visão diferenciada surge mais vincada em Alegoria numa noite de Verão, quando as duas personagens, um pirilampo e um homem, quase se tocam por um breve momento.

Trás-os-Montes nasceu em 2017 de uma experiência real do autor. A história retrata uma região ainda muito rural, onde o desaparecimento das pessoas vai deixando ao abandono as memórias da terra e uma saudade condenada ao esquecimento.

Finalmente três textos, recentes, abordam a temática do amor e do sexo. O sexo como expiação do amor, o motor que vai mantendo as personagens agarradas a relações que procuram desesperadamente salvar ou reacender. Isso é nítido no Tango com Matilde e em Dava tudo por uma Passa. Em Porto Novo é onde o tema do sexo é mais forte, mas apenas de forma acessória, com o objetivo de expor a intensidade da vida e que, por muito profundo seja o desânimo ou a desilusão, podemos voltar sempre a ter esperança. E uma nova oportunidade.

Mas esta é a visão do autor. Um livro é a construção mental de cada leitor. Debaixo de uma capa vivem uma infinidade de livros.


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Autor

João Pedro Bernardo

Chamo-me João Pedro, Bernardo é apelido. Nasci em Lisboa, no dia 17 de novembro de 1965, no antigo Hospital Militar da Estrela. Dali saí para a cidade de Santarém, onde aos meus pais residiam e ali passei a minha infância e boa parte da juventude.

Sou filho de duas pessoas de que me orgulho muito por serem como são e pela forma como criaram dois filhos, eu e a minha irmã, atravessando a guerra no ultramar e uma revolução, em que ambos participaram, embora de formas diferentes. O meu pai a comandar um pelotão na Guiné, onde perdeu uma perna e depois a organizar uma revolução, como capital de abril. A minha mãe a aguentar o barco, connosco lá dentro, a ajudar a recuperação da mobilidade do meu pai e a ser sua cúmplice na revolução de 1974, sem nunca deixar de dar as suas aulas de geografia.

Tive uma infância bastante feliz, rodeado de amigos e boas memórias. Concluí o liceu em Santarém no início dos anos oitenta, na área das ciências, mas sempre tive a certeza de que poderia ter escolhido outro rumo.


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