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Tempos Difíceis

Charles Dickens

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Sinopse

"O mundo em que vivemos e a forma como vemos as crianças e o seu papel na sociedade devem-se em boa parte à ficção de Charles Dickens."
Arnold J. Toynbee

"Em «Tempos Difíceis» Dickens conseguiu fazer o que poucos escritores conseguem numa vida inteira de escrita: mudou a mentalidade do seu tempo, definiu formas de comportamento social que se mantém nos nossos dias, pôs todo um império à beira das lágrimas e criou uma obra imortal que é tão empolgante e polémica hoje como quando foi publicada."
David Lodge

Alternando entre o universo particular de dezenas de personagens que se vão cruzando numa Inglaterra cinzenta em plena revolução industrial e longos quadros representativos da vida quotidiana de toda uma sociedade, Dickens constrói um fresco do seu tempo ao mesmo tempo que rega delicadamente as raízes da revolta contra o sistema que nele vigora.
«Tempos Difíceis» é uma das obras-primas de Dickens mas, acima de tudo, é a mais importante prova de que a ficção pode mudar o mundo.

"Se houver algum escritor de língua inglesa que negue a influência de Dickens, está a mentir descaradamente."
Kingsley Amis

"Sempre invejei Dickens pela capacidade de condensar num número reduzido de personagens as qualidades e defeitos de toda uma sociedade e um tempo e nunca os tornar enfadonhos ou inverosímeis, mesmo quando o são."
William Golding (prémio Nobel de Literatura)

"Dickens foi e é o maior contador de histórias da nossa língua. Cada personagem seu, por mais insignificante que seja o papel que desempenha numa qualquer obra, tem a sua própria história que consegue sempre ter o impacto de uma comédia ou tragédia clássicas."
John Sutherland

"A ambição de qualquer escritor é conseguir ter a importância social e artística que Charles Dickens teve. Antes dele talvez só Shakespeare se tenha aproximado, depois dele ninguém esteve sequer perto."
Hilary Mantel

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Autor

Charles Dickens

Charles Dickens nasceu em Landport, Portsmouth, na Grã-Bretanha, a 7 de fevereiro de 1812. Era o segundo de oito filhos. O seu pai, empregado nos serviços do porto e de espírito fantasioso, abandonou a instrução de Charles, que se foi educando, ao acaso, depois de sair da escola primária, que frequentou até aos nove anos. Fugindo aos credores, a família mudou a residência para Londres, onde o pai de Dickens acabou por estar preso em Marshalsea, residência habitual de devedores insolventes. Toda a família viveu ali durante algum tempo, ficando Dickens abandonado a si próprio. Empregou-se numa drogaria, onde passou diversas humilhações, embalando durante dois anos pomada para calçado. Entretanto, o pai recebera uma pequena herança e tornara-se repórter parlamentar. Dickens, a quem a mãe, uma mulher instruída, ensinara o que sabia, foi enviado para um colégio de Hampstead Road, saindo dali para um cartório de um advogado, experiência que surge, tal como vários episódios da sua infância, transfigurada em David Copperfield. Nessa altura, frequentou a biblioteca do British Museum e, em 1828, começou a fazer relatos parlamentares, mas só em 1834, ao ingressar na redação do Morning Chronicle, se lançou no jornalismo. O seu primeiro trabalho foi publicado em 1833 no Old Monthly Magazine e integrado na coleção Sketches by Boz, seu primeiro pseudónimo. Em 1836 casou com Catherine Hogarth, filha de um seu companheiro de redação, e publicou a obra que o devia tornar famoso, Os Cadernos de Pickwick. Com tiragem inicial de 400 exemplares, o livro em breve alcançaria os 40 mil exemplares. A partir de então, Dickens escreveu vários romances, entre os quais Oliver Twist (1839), A Loja de Antiguidades (1841), Martin Chuzzlewit (1843-44), David Copper eld (1849-50), Tempos Difíceis (1854), Little Dorrit (1855-57), Grandes Esperanças (1861) e o notável O Amigo Comum (1865). Dickens fez duas viagens à então jovem república da América, no decurso das quais foi entusiasticamente recebido. Mas a América desiludiu-o, como se pode ver nas suas American Notes (1842). Ao fim de vinte anos de casamento, Charles Dickens divorciou-se, dividindo entre ele e a mulher os filhos que tiveram. Já no fim da vida, viajou por Itália e foi convidado para conferências na Austrália. Em 1860 a sua saúde começou a fraquejar. Morreu em Londres a 9 de junho de 1870, sendo sepultado no Poets’ Corner da Abadia de Westminster. Eça de Queirós resumiu deste modo a obra de Dickens: “Nenhum outro romancista possuiu como ele o poder de criar figuras vivas, e o dom supremo de comover e de produzir as lágrimas e o riso, de fazer sentir, de fazer pensar.” E, de modo igualmente lapidar, Chesterton considerou que “Dickens nasceu, viveu e morreu, mas a sua presença ficou para sempre”.

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