Maldito seja o fruto do seu ventre...
Capítulo V - Terceira geração (1856-1868)
Brest, 1857.
Julie sobreviveu. Condenado a prisão perpétua por crimes e actividades revolucionárias, a prisão de Brest é agora o seu universo, antes de Caiena… Durante esse tempo, Bernard-Marie Sambre é educado em Bastide, no culto do seu pai, dos seus antepassados e na negação da sua mãe. Porque a sua tia Sarah decidiu; a terceira geração dos Sambre não pode ser a última…
O mar visto do Purgatório…
Capítulo VI - Terceira geração (1856-1868)
Skyvore Island, maio de 1857… No coração da tempestade, La Desirée sulca as vagas ao largo da Irlanda. A bordo, as forçadas acorrentadas que, em troca da comutação da pena, aceitaram exilar-se em Caiena. Entre elas, a matriculada 3492, aliás Julie Saintange, abandona-se à melancolia. A recordação de Bernard Sambre mistura-se com a de Bernard-Marie, o filho de ambos. O primeiro morreu, o segundo foi-lhe roubado…
Novamente Inverno. Capítulo 6 - Terceira geração (1856-1868)
Skyvore Island, maio de 1857… No coração da tempestade, La Desirée sulca as vagas ao largo da Irlanda. A bordo, as forçadas acorrentadas que, em troca da comutação da pena, aceitaram exilar-se em Caiena. Entre elas, a matriculada 3492, aliás Julie Saintange, abandona-se à melancolia. A recordação de Bernard Sambre mistura-se com a de Bernard-Marie, o filho de ambos. O primeiro morreu, o segundo foi-lhe roubado…
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Bernard Yslaire
Nascido em 1957, em Bruxelas, na Bélgica, Bernard Hislaire é um autor, desenhador e pioneiro digital que se reinventa a cada projecto, mudando de estilo, suporte e assinatura (Yslaire, Hi-slaire, iSlaire, Sylaire...). Através dessas metamorfoses, surge um artista que questiona o seu tempo ao longo da História.
A sua estreia na banda desenhada aconteceu na revista Spirou, aos 16 anos, e três anos depois, em 1978, lançou a série Bidouille et Violette.
Em 1985, em parceria com Balac (pseudónimo de Yann), desfeita após o primeiro álbum, dava início à tragédia romântica dos Sambre, aclamada pela crítica e pelo público como uma das grandes obras da década. Essa saga prosseguiu, de forma intermitente até aos dias de hoje, em oito álbuns e três ciclos paralelos. Destes últimos, Yslaire apenas escreveu o argumento, entregando o desenho a Jean Bastide e Vincent Mézil (La guerre des Sambre - Hugo & Iris), Marc-Antoine Boidin (La guerre des Sambre - Maxime & Constance e La guerre des Sambre - Werner & Charlotte).
Os quatro primeiros álbuns de Sambre, correspondentes ao primeiro ciclo, foram editados em Portugal, o primeiro pela Baleia Azul (1985) e os três seguintes pela Witloof (2003).
Em paralelo, na década de 1980, foi co-fundador do teatro de vanguarda Ideal Standard, publicou caricaturas de imprensa no diário La Libre Belgique, ilustrações humorísticas no Le Trombone Illustré e produziu conteúdos para a RTBF, o Théâtre Impopulaire e o Rideau de Bruxelles. A partir de 2000, multiplicou os encontros criativos, em colaborações com os realizadores Jaco van Dormael e Didier Roten, para o cinema, Jacques Neefs e Alain Populaire, para o teatro, e o arquitecto Francis Metzger, para cenografias públicas.
Numa notável antecipação, a partir de 1997 criou, programou, produziu e dirigiu uma das primeiras web-séries: Mémoires du XXe ciel, que opõe o olhar mudo de um anjo fotógrafo e as memórias de um velho psicanalista sobre a história do século XX.
Le Ciel au-dessus du Louvre, com o escritor Jean-Claude Carrière, ou Úropa, uma revista digital lançada sob a forma de apps para iPad e iPhone, são outras das realizações de um autor inquieto que questiona constantemente a História, passada e presente, utilizando e explorando os mais diversos meios, do papel ao digital ou do desenho à fotografia.
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