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Sinopse
Isabel Carlos: «Rosa Carvalho (Lisboa, 1952) tem-se afirmado, desde os meados dos anos 80 do século passado, como uma pintora figurativa em que as temáticas da paisagem e as referências à história da arte antiga foram dominantes.»
Este livro foi publicado por ocasião da exposição Às Escuras, de Rosa Carvalho, com curadoria de Isabel Carlos, realizada na Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva, com o apoio da Fundação Carmona e Costa, de 27 de Junho a 6 de Outubro de 2024.
Nos últimos anos, a artista iniciou uma outra linha de trabalho: a construção de pequenas maquetas-esculturas de paisagens que têm tanto de lúdico como de apocalíptico, bem como pinturas e desenhos em que a representação acontece através da prática de pintar às escuras, somente com a luz emitida pelo projector sobre a tela ou usando materiais inusitados como lápis de maquilhagem. […]
Estas obras recentes são um retrato poderoso de um mundo onde hoje vivemos — potencialmente apocalíptico na existência de múltiplas guerras, nos desastres naturais cada vez mais comuns, na emergência climática —, como que afirmando que, perante o excesso do mundo e de imagens em circulação, só podemos ser ainda mais excessivos no modo como se mistura em contínuo mundo animal e mundo humano, como se representa paisagens bucólicas, mas atravessadas pela destruição e extinção em potência, como que esperando que depois da escuridão se encontre a luz.
[Isabel Carlos]
A singularidade da investigação estética de Rosa Carvalho, nas suas continuidades e suspensões — ancorada no recôncavo da subjetividade e na notável amplitude de reportórios culturais —, ocupa um lugar de fala investido — mais do que nunca — de uma indiscutível atualidade tratando-se de uma artista que desautoriza a modorra dos costumes num país onde o feminismo tardou e tarda em organizar-se como fundamento de civilização.
[João Sousa Cardoso]
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