Inspirado no Barça de Johan Cruijff, o espanhol forjado na dureza da Premier League, contratado em agosto de 2016 para dirigir a seleção belga, transformou o jogo dos “Diabos Vermelhos” e tornou-o mais ofensivo, mais eficiente e mais atraente, levando a equipa a um inédito terceiro lugar no Campeonato do Mundo de 2018 e a um duradouro primeiro lugar do ranking da FIFA. Nesse período em que esteve aos comandos da Bélgica, Martínez foi amplamente elogiado pelas suas capacidades, pelo seu talento, pelas suas táticas ofensivas e pela sua condescendência. Mas quem é ele verdadeiramente? 

Benoît Delhauteur entrevistou membros da família do selecionador, presidentes de clubes, jogadores, funcionários e observadores. E conversou com o próprio Martínez acerca da infância na Catalunha, da carreira enquanto jogador profissional, do tempo como treinador em Inglaterra e na Escócia, da passagem pela seleção belga e da chegada a Portugal.

Como é que este homem, sempre educado e sorridente, pensa? Quais sãos as suas influências? Que valores é que o movem? Como é que ele lidou (e lida) com estrelas mundiais do calibre de Lukaku, De Bruyne, Hazard e Cristiano Ronaldo? Quais são as suas perspetivas sobre a tática, a imprensa e o dinheiro? Porque é que a Bélgica teve tanto sucesso, mas foi incapaz de conquistar um grande torneio? O que levou a Federação Portuguesa de Futebol a acreditar que Roberto Martínez era a pessoa certa para assumir as rédeas da seleção nacional?