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Sinopse

Em "Primeiras estórias", João Guimarães Rosa constrói narrativas curtas que tratam de matérias diversas da experiência humana, como a busca da felicidade, a necessidade do autoconhecimento e as maneiras de se conviver com a inevitável finitude da vida.

O título deriva diretamente do propósito de Rosa retomar a atmosfera das narrativas ancestrais, o que dá sentido à escolha pelo termo “primeiras”, pois deixa-se vincar abertamente pelos “causos” que remetem aos primeiros tempos da humanidade. Já o emprego da palavra “estória” - em contraponto à “história” - provém da língua inglesa, pavimentando, assim, o pendor do autor pelo campo da imaginação.

Composto por 21 contos, “As margens da alegria”, “Sorôco, sua mãe, sua filha”, “Famigerado” e “A terceira margem do rio” são alguns dos feitos sublimes desse escritor, que levou a artesania da palavra a patamares jamais experimentados na literatura de língua portuguesa. A capacidade de encantar desse livro está, dentre outros atributos, nas estórias tecidas com maestria e que se desenrolam em um território situado à margem da civilização moderna, compondo enredos que mesclam o real e a ficção, e que deixam largo espaço para os leitores darem asas à fantasia e, paradoxalmente, refletirem sobre seus destinos.

Esta edição traz um texto de Luiz Costa Lima, um dos principais teóricos da literatura do país, intitulado “O mundo em perspectiva: Guimarães Rosa”. A capa é de Victor Burton e Anderson Junqueira. E a foto é de Araquém de Alcântara (Casario abandonado), Formoso (MG), em 2014.

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Autor

João Guimarães Rosa

João Guimarães Rosa (1908-1967) nasceu em Cordisburgo, no interior de Minas Gerais. Numa entrevista de 1965, resume assim a sua biografia: «Sim, fui médico, rebelde, soldado. Foram etapas importantes de minha vida, e, a rigor, esta sucessão constitui um paradoxo. Como médico conheci o valor místico do sofrimento; como rebelde, o valor da consciência; como soldado, o valor da proximidade da morte…; e, para que isto não pareça demasiadamente simples, queria acrescentar que também configuram meu mundo a diplomacia, o trato com cavalos, vacas, religiões e idiomas.» Figura decisiva da literatura brasileira do século XX, publicou Sagarana (1946), Corpo de baile (1956), Grande Sertão: Veredas (1956), Primeiras Estórias (1962) e Tutaméia (1967). Morreu subitamente aos 59 anos, três dias depois de tomar posse na Academia Brasileira de Letras, deixando vários inéditos e um singularíssimo arquivo literário, laboratório do seu trabalho radical sobre a língua literária.

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