Padre Diogo Pires Cinza (Séc. XVI XVII) - Um Beirão e Homem de Cultura Esquecido
Francisco Belo Nogueira
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Detalhes do Produto
- Editora: Colibri
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- Ano: 2022
- ISBN: 9789895662272
- Número de páginas: 122
- Capa: Brochada
Sinopse
Natural de Alpedrinha, Diogo Pires Cinza entrou no mundo dos vivos, segundo indícios fiáveis, no já longínquo ano de 1572. Descendente de família muito antiga, numerosa e ilustre, seguiu a vida sacerdotal, concluindo a formação eclesiástica por volta de 1600.
Após passagem efémera por uma paróquia da sua Diocese (Guarda), rumou à capital do reino onde desempenhou o seu múnus durante cerca de 18 anos (1602?-1620) e ali escreveu cinco obras literárias, ficando na história como presbítero/escritor. Regressou à terra natal em 1624, onde colaborou com os vigários locais, enquanto a saúde lho permitiu, até meados de 1637. Terá falecido no termo de 1642, com cerca de 71 anos. Nesta obra o autor recupera o historial de vida do injustamente esquecido, erudito seiscentista, Padre Diogo Pires Cinza, cuja vivência, talvez um tanto sui generis, aconteceu à frente do seu tempo.
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E assim, só temos que agradecer ao Dr. Francisco Nogueira por, generosamente, nos ter presenteado com estes valiosos contributos. Nascido na Póvoa de Atalaia (terra do autor de “As mãos e os frutos”, ou “Os amantes sem dinheiro” – é bom não esquecer), criou-se no Monte da Touca (Alpedrinha), andou pela Guarda e pelo Fundão, pelas Índias, Angolas e outras “partidas” do mundo, até se licenciar em Gestão do Desenvolvi- mento e Cooperação Internacional; mas o seu apego ao seio matricial do sul da Gardunha persistiu sempre. Daí podermos afirmar que, mais uma vez, prevaleceu o amor filial.
Sim. Este «Pe. Diogo Pires Cinza», clérigo e escritor beirão quase ignorado e homem à frente do seu tempo, tinha de ser personagem destas bandas do granito e do saibro, terras que de abundante pouco mais tiveram do que o sol e (alguma) água – como poetou Eugénio. E tinha de haver alguém que o subtraísse à injusta desmemória dos tempos e lhe desvendasse os inquestionáveis méritos. Por isso, podem crer: conforme ao que eu próprio já testemunhara no proémio do seu primeiro livro, novamente, aqui, Francisco Belo Nogueira pôs amor naquilo que fez.
[JOAQUIM CANDEIAS DA SILVA (da Academia Portuguesa da História)]
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