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Os Profissionais da Informação nos Arquivos Municipais em Portugal - Identificação e Caracterização

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Sinopse

Em 2008, o Centro de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa participou na edição de um dos mais antigos cartulários portugueses, o Liber Testamentorum Coenobii Laurba- nensis, copiado no primeiro quartel do século XII no mosteiro do Lorvão (Nascimento-Fernández Catón, 2008). Não foi, obviamente, o único cartulário produzido no território português. Basta olhar para o extraordinário Livro Preto da Sé de Coimbra (Costa-Augusto, 1999) ou o Liber Fidei sanctae Bracarensis ecclesiae (Costa, 1965- -1990), entre algumas dezenas de outros exemplos, para perceber que o esforço de preservação documental está bem atestado no território português desde tempos relativamente precoces. Mesmo quando estes cartulários resultam de esforços de recuperação documental do século XII ou XIII, eles implicam a existência de uma anterior política de “preservação dos documentos” (com algum tipo de critério de selecção), sobretudo em âmbito monástico. A existência de um arquivo do rei tem também de ter sido relativa- mente precoce, desde seguramente os tempos de Afonso Henriques, sobretudo com Mestre Julião Pais, que permaneceu à frente da chancelaria régia entre os reinados de Afonso Henriques e Afonso II. Por sua vez, a chancelaria régia “portuguesa” teve de ter herdado as práticas documentais da chancelaria condal de D. Henrique e de D. Teresa (Azevedo, 1958; Costa, 1975, pp. 145-147).

(...)

Os primórdios do interesse pela documentação guardada em arquivos antigos surgem associados à publicação de grandes recolhas documentais, que na Península Ibérica se fez sentir principalmente a partir do século XVI. É, no entanto, sobretudo no século XVIII, com os eruditos da Academia Real da História e da Academia Real das Ciências, que se verifica um investimento maior na recolha sistemática e publicação de documentação, que exigia uma formação adequada nas emergentes “disciplinas” ou “ciências” da “Paleografia” e da “Diplomática”. O objectivo ainda não era tanto, na altura, a organização ou gestão dos arquivos de acordo com determinados princípios ou hierarquias, mas sobretudo garantir o acesso ao documento, quer na sua tipologia e reconhecimento quer na sua leitura e identificação de produtores.

[RODRIGO FURTADO, do prefácio]

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