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Os Monociclistas e Outras Histórias do Ano 2045

António Ladeira

Sujeito a confirmação por parte da editora



Desconto: 20%
11,05 € 13,80 €

Detalhes do Produto

Sinopse

Se tivéssemos que descrever numa única expressão os textos reunidos em Os Monociclistas e outras histórias do ano 2045, arriscaríamos chamar-lhes simplesmente contos de fadas tecnológicos

Neste primeiro volume de histórias sobre, além de outras coisas, as relações entre tecnologia e ética, António Ladeira, constrói um universo futuro e distópico a que chama O Território, numa clara homenagem à ficção científica. 

Em cada uma das histórias, um dos fenómenos tecnológicos que transformou (e transforma) as nossas vidas (redes sociais, gigantes tecnológicos, videovigilância, educação digital versustradicional, etc) sofre um processo inesperado de evolução graças à cumplicidade de regimes autoritários e totalitários. 

Entre ecos de Orwell, Kafka, Cortázar e Phillip K. Dick, é difícil dizer onde acaba a irrisão da ironia (e do jogo paródico) e começa um inquietante aviso à Humanidade.

EXCERTOS
Agora os cidadãos entravam nos edifícios – onde se encontravam as suas residências, os seus locais de trabalho, os estabelecimentos comerciais, etc – sem saírem do monociclo. Como a linha de visão do monociclista ficava a mais de dois metros do chão, cada montra, cada balcão, cada caixa registadora, cada prateleira, cada mesa, cada janela, tudo teria de ser aumentado ou acrescentado de modo a adequar-se à nova estatura dos utentes.
(do conto Os monociclistas)

Espreitou o ecrã a medo. Desviou o rosto. Voltou a olhar e lá estava: um cidadão cuja cara era igual, mas igualzinha à dele, inspector Alves! Queixo duplo, bigode negro, cabelo à escovinha, sobrancelhas grossas quase unidas, lábios carnudos e vermelhos.
(do conto O inspector)

É mais fácil ler livros digitais porque as histórias estão lá temporariamente, ou por empréstimo, e por essa razão ler tem apenas a importância das histórias que existem temporariamente ou por empréstimo. Nos livros digitais as histórias transformam-se. Transformam-se de dia para dia. De hora para hora. De minuto a minuto. Por vezes até de leitura para leitura, ou mesmo enquanto são lidas.
(do conto O professor)

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Autor

António Ladeira

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