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Detalhes do Produto

Sinopse

A presença dos judeus em Monforte remonta, pelo menos, ao reinado de D. Afonso II, no início do século XIII, manteve-se até ao final do século XV e sabemos que viviam criptojudeus em Monforte desde a primeira metade do século XVI. As informações recolhidas sobre a genealogia dos primeiros cristãos-novos de Monforte presos pela Inquisição em meados desse século, permitiram-nos concluir que a origem de algumas famílias viria de Espanha, muito provavelmente em consequência do decreto de expulsão de 1492. Contudo, sabendo-se que havia comunidade judaica medieval em Monforte, é também possível em alguns deles fossem seus descendentes directos. Em todo o caso, podemos afirmar que o criptojudaísmo persistiu em Monforte desde a criação da Inquisição (1536) e o seu declínio, em meados do século XVIII.
Pelas igrejas de baptismo (Madalena e São Pedro) e pelas consistentes referências ao “arrabalde”, podemos afirmar que a maioria vivia fora das muralhas no século XVI, o que poderá constituir um indício de que a judiaria medieval se situaria próximo daquelas duas paróquias. A existência da “sinagoga” secreta e de “rabino” criptojudeu no século XVI em Monforte, a preparação da carne ao modo judaico, a rejeição dos alimentos proibidos aos judeus, e os “ajuntamentos” de cristãos-novos para as celebrações da Lei de Moisés, principalmente o Shabat, são provas da vida comunitária judaica em Monforte no tempo da Inquisição.
Em suma, talvez por se ter perdido a memória da presença judaica e criptojudaica em Monforte, consequência da acção da Inquisição, que foi forçando a saída dos cristãos-novos para outras localidades, esta vila alentejana se tenha tornado insuspeita da importância e da riqueza da sua história (cripto)judaica, que aqui fica documentada.

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Autor

Jorge Martins Ribeiro

Jorge Martins, nascido em Lisboa (1953), é doutorado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa com uma tese sobre os judeus portugueses (2006). Autor de manuais escolares, obras de ficção e ensaio, designadamente estudos judaicos e inquisitoriais, temática a que se tem dedicado nos últimos 24 anos, sobre a qual publicou os seguintes livros: O Senhor Roubado, a Inquisição e a Questão Judaica, (2002); O Sacrilégio de Odivelas (teatro), (2003); Portugal e os Judeus, 3 vols., (2006); Breve História dos Judeus em Portugal, (2009); A República e os Judeus, (2010); Maria Gomes, Cristã-nova, 117 anos: a mais idosa vítima da Inquisição, (2012); Manteigas, Minha Pátria: os cristãos-novos de Manteigas, vol. II, (2015); A Inquisição em Ourém,(2016); O Judaísmo em Belmonte no Tempo da Inquisição, (2016); A Confitente (ficção histórica), (2019); Portugal e os Judeus, nova edição, (2021); Os Pessoa na Inquisição. As origens judaica e fidalga de Fernando Pessoa, (2022); A Comunidade Criptojudaica de Monsanto,(2022).

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