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OS CASAMENTOS DO REI - Os Projectos Matrimoniais para Dom Sebastião

António Brehm

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Sinopse

Sebastião não estava especialmente interessado em casamentos.

Talvez soubesse, no íntimo, que jamais se casaria. Uma maçada, tudo aquilo. E andarem todos à sua volta, sempre com o mesmo assunto. Apesar de nunca ter impedido que se tratasse do negócio, nunca ele deu claros e inequívocos sinais de que estava genuinamente interessado em o concretizar. Mesmo que fosse para sossegar os seus vassalos que, com o passar dos anos, cada vez mais desesperavam por não ver uma sucessão assegurada. Ao manifesto desinteresse do rei pelo tema, somava-se ainda a constante exposição a todo o tipo de perigos a que se entregava, fossem recreativos ou simplesmente para exacerbamento do ego. Muitas foram as tentativas e as negociações entabuladas com vista a um matrimónio, mas, como veremos, nenhuma foi suficientemente séria para que chegasse a termo. A corte dividia-se. A maioria dos grandes do reino estava genuinamente interessada em ver assegurada a descendência dinástica, viesse de onde viesse. Mas também houve quem trabalhasse para a estorvar. Os jesuítas, mestres e confessores, moldando-lhe a mente, incutiram-lhe uma mística em que a castidade era qualidade soberana, misturada com o sonho da cruzada contra os infiéis. Crescendo neste meio, Sebastião passou a encarnar os desaparecidos monges-guerreiros da extinta Ordem do Templo e era nesse papel que ele se via. O casamento, isso sim, era para ele uma aberração.

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Autor

António Brehm

Professor catedrático de genética na Universidade da Madeira. Ao longo de duas décadas, abordou a complexa história dos portugueses a partir do uso de marcadores moleculares.O objetivo era uma FINA ANÁLISE DO DNA DOS PORTUGUESES ATUAIS PARA AJUDAR ACOMPREENDER O SEU PASSADO. De onde viemos?QUE GRUPOS ÉTNICOS PARTICIPARAM NA CONSTRUÇÃO DESTE PEQUENO PAÍS?Que migrações contribuíram para o que é hoje Portugal? Desde as populações pré-históricas do paleolítico e do neolítico, passando pela importante influência que a presença árabe e berbere deixou entre nós, até aos séculos de escravatura que trouxeram para Portugal diversas etnias de tantas regiões de África, a maior parte destes povos deixou aquilo a que se pode chamar de uma impressão digital no nosso DNA, que permite, enfim, revelar uma nova perspetiva do passado dos portugueses. O autor é membro do Centro deEstudos Globais da Universidade Aberta e possui algumas incursões na área dos estudos culturais, de que a edição, pela Imprensa Académica, em 2018, de uma crónica inéditade D. Sebastião, comentada e anotada pelo autor, é exemplo.

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