Ter as orelhas grandes, o cabelo rebelde, ser alto ou baixo, magro ou rechonchudo... até a mais insignificante característica de alguém pode ser motivo de troça entre as crianças. Daí a pertinência de uma obra como esta, a de demonstrar, tanto aos que troçam como às suas vítimas, que este tipo de comportamento é reprovável. Por outro lado, encarar positivamente o que para alguns é motivo de gozo, é também uma postura. E é esta a atitude de Mara, a protagonista, que, seguindo as indicações da mãe, vai respondendo espirituosamente aos comentários jocosos das outras personagens, acabando, no final, por demonstrar que aceitar e reivindicar a diferença nos fortalece e nos leva a aceitarmo-nos como somos ou não fosse esse o primeiro passo para aprendermos a rir de nós próprios!