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Onde o Homem Acaba e a Maldição Começa

Alfinete

Emídio Santana

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8,10 € 9,00 €

Detalhes do Produto

Sinopse

Emídio Santana, figura primeira do Anarquismo em Portugal e que faleceu em Lisboa no dia 16 de Outubro de 1988, deixou à Assírio & Alvim um livro, Onde o Homem Acaba e a Maldição Começa. Trata-se de um terrível documento, descrevendo a história e a vivência dos reclusos nas prisões onde Emídio Santana, por razões políticas, teve de habitar.
No prefácio da obra, podemos ler:
“Os casos narrados nestas singelas novelas decorreram nos anos 40 quando lá fora já fora instituído novo e maior rigor nas leis penais e regulamentos carcerários, como a qualificada “delinquência habitual” e a restrição dos indultos, isto numa sociedade empobrecida e sem animação social ou cultural.
Acumulavam-se nas prisões, um tanto como agora, reclusos em situações indefinidas como os considerados “delinquentes habituais” ou de “difícil correcção”, o que implicava o prolongamento da pena de prisão por períodos de três anos prorrogáveis, que dependiam das informações dos directores das cadeias. Eram situações de incerteza à míngua de esperança, o que só pode açular o infeliz desamparado. [...]
Estes casos e estas figuras que aqui apresento, mais ou menos impressionantes e significativos têm, com certeza, maior intensidade dramática e maior cunho humano no oculto caos moral e social das prisões.”

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Autor

Emídio Santana

Emídio Santana (1906‑ 1988) foi o mais conhecido e importante militante anarco-sindicalista da geração que, tendo nascido no período da Monarquia, viveu grande parte da sua vida no período conturbado que se seguiu à implantação da República. Lutou como poucos e com grandes sacrifícios pessoais e familiares contra a Ditadura, assistiu à Revolução de 1974 e nunca desistiu de contribuir para o afastamento das ideias totalitárias que procuraram impor-se logo após o

25 de Abril. Foi militante anarco-sindicalista desde os 18 anos de idade ao lado de ilustres figuras da oposição e de intelectuais da sua época. Mas também exerceu a profissão de carpinteiro de moldes por necessidade de um ofício e foi desenhador durante uma parte da sua vida. Sempre foi um autodidacta, possuidor de uma cultura invejável. Muito jovem aderiu à organização sindical dos metalúrgicos de Lisboa e às Juventudes Sindicalistas (de que foi secretário-geral), foi dirigente da Federação Mineira e Metalúrgica em 1931-32 e um dos autores do plano do atentado contra Salazar em Julho de 1937 — custou-lhe uma pena de 16 anos de prisão na cadeia na Penitenciária de Coimbra, onde realizou obras socialmente reconhecidas. Dedicou-se ao cooperativismo, à defesa do inquilinato urbano e assumiu a direcção do jornal A Batalha, na sua VI série, desde 1974 até à sua morte. Participou na criação do Centro de Estudos Libertários (CEL), em 1979, e do Arquivo Histórico Social (AHS), com João Freire e outros militantes, depositado na Biblioteca Nacional (BN). Este livro relata a sua vida aventureira e é um retrato imperdível da sociedade em que viveu.

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