«Este é um livro de versões, transversões e reconversões de poemas, provérbios, adivinhas, frases soltas e outros materiais potencialmente poéticos, vindos de outras línguas e civilizações - sobretudo africanas e latinoamericanas -, aqui transplantados para a língua portuguesa.
Entrecruzando materiais milenares - das chamadas oraturas - com poemas de autores nascidos no século xx, tome-se o presente livro como uma proposta de diálogo vivo, irradiante e fabuloso, de fulguração poética em seus dizeres primevos, entre a ancestralidade (ágrafa, ou não) e a contemporaneidade, ou seja, a ponte imprescindível para a elaboração de uma poética atemporal, a única que verdadeiramente importa.»
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Zetho Cunha Gonçalves
Zetho Cunha Gonçalves nasceu na cidade do Huambo, em Angola, a 1 de Julho de 1960. Passou a infância e adolescência no Cutato (pequena povoação na Província do Cuando-Cubango), onde concluiu a instrução primária e a que chama a sua «pátria inaugural da Poesia». Foi aluno do Colégio Alexandre Herculano, na cidade do Huambo, e estudou Agronomia na extinta Escola de Regentes Agrícolas de Santarém, em Portugal.
Poeta, autor de literatura para a infância e juventude, ficcionista, organizador de edições, antologiador e tradutor de poesia, exerceu várias profissões: de tratador de gado numa fazenda a empregado de escritório, de vendedor de publicidade e publicitário a director adjunto de um jornal de turismo falido, de empregado de mesa em restaurantes e pesquisador de notícias para uma empresa da especialidade a intermediário e conselheiro de bibliófilos. Foi coordenador da página literária «Casa-Poema da Língua Portuguesa» no jornal Plataforma, de Macau, e da secção cultural da revista África 21. É membro da União dos Escritores Angolanos.
Tem traduções para alemão, chinês, espanhol, hebraico e italiano, e colaboração dispersa por jornais e revistas de Angola, Brasil, Espanha, Itália, Macau, Moçambique e Portugal. Tem participado em vários colóquios e encontros literários em Portugal, Brasil, Cuba e Itália.
O seu nome foi proposto para Prémio Nobel de Literatura 2018.
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