Uma viagem frustrada e a nova Lisboa que nasce.
Uma viagem de dois anos pela Europa, visitando Espanha, França, Holanda, Inglaterra, Alemanha, Áustria e as principais cidades italianas: Veneza, Nápoles, Roma, Florença, Turim…
Um projeto sobre Lisboa Ocidental que condensa todas as finalidades desta desejada (e frustrada) viagem
do jovem D. João V. A ambição de renovar a cultura, contratar artistas e artífices, conhecer o que de maisnovo e magnífico havia nas outras cortes e repúblicas, católicas ou protestantes, para que o reino dePortugal construísse a mais grandiosa das capitais europeias.
Uma viagem feita com olhos novos através do reinado de D. João V e D. Maria Ana de Áustria, que mostra
uma história diversa de Lisboa setecentista, do palácio-convento de Mafra, dos teatros de ópera, das artes e da cultura que animaram a efervescência joanina (1707-1728). E, no curso desta viagem, o encontro comum dos principais arquitetos europeus da época - Filippo Juvarra (Messina 1678 - Madrid 1736) - e com a magia dos seus desenhos, que revelam a força das ideias e o poder dos projetos para além do tempo em que são delineados.
Ler mais
Giuseppina Raggi
Giuseppina Raggi, é investigadora do Centro de Estudos
Sociais (CES) da Universidade de Coimbra e integra o
núcleo de pesquisa Cidades, Culturas e Arquitetura
(CCArq). Natural de Cesena (Itália), é licenciada em
Letras pela Universidade de Bolonha e em flauta pelo
Conservatório de Música de Cesena. Doutora em História
da Arte pelas Universidade de Lisboa e de Bolonha (2005),
especializou-se no campo da pintura de quadratura nos
séculos XVII e XVIII. Atualmente, dedica-se ao estudo
do mecenato no feminino, em particular da rainha Maria
Ana de Áustria, e do teatro de ópera como âmbito
privilegiado do encontro entre arquitetura, cenografia
e música setecentistas. Contemporaneamente, prossegue
pesquisas sobre o mecenato artístico das comunidades
africanas e afrodescendentes em Portugal no Antigo
Regime. Desenvolve, individualmente e em equipa, vários
projetos de investigação entre os quais: «1719-2019.
Filippo Juvarra, Domenico Scarlatti e o papel das mulheres
na promoção da ópera e do teatro em Portugal»;
«Early-modern art and architecture, Atlantic slave trade
and cross-cultural dynamics. The case of African Portugal
between heritage and politics of recognition»; «ECHOES.
European Colonial Heritage Modalities in Entangled Cities».
Entre as suas numerosas publicações destacam-se os livros:
Ilusionismos. Os tetos pintados do palácio Álvor (2013);
A pintura de Giuseppe Trono na capela do paço da
Bemposta – Academia Militar em co-autoria com Michela
Degortes (2018); e a co-edição dos volumes Salvador da
Bahia. Interações entre América e África (seculos XVI-XIX)
(2017); Theater spaces for music in 18th century Europe
(2020). É membro da comissão científica do Divino Sospiro
– Centro de Estudos Musicais Setecentistas de Portugal.
Ler mais