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Sinopse

A razão não é um mito; mas o mito diz respeito ao surgimento da razão. Segundo o pensamento ocidental, a razão teria nascido na Grécia Antiga e seria sua propriedade exclusiva. Assim o foram aplicando por decreto, em particular nos territórios extra europeus e ao longo dos séculos, missionários, colonos, agentes políticos, historiadores, antropólogos. Todos negaram o uso da razão aos povos que doutrinaram, massacraram, estudaram, exploraram.

Este livro parte de um problema de tradução, quando o autor, no I Encontro Intercontinental pela Humanidade e contra o Neoliberalismo (Chiapas, 1995), ficou encarregado de traduzir a declaração de boas-vindas do EZLN proferidas pela comandanta Ana María.

A braços com a rigidez linguística da sua língua estatal, foi levado a compreender a complexidade semântica de uma língua maia e a sua grande diferença comparativa ‒ porque os seus falantes indígenas, ao contrário dos «povos da mercadoria», não concebem senão uma relação horizontal de reciprocidade entre iguais, que se manifesta na língua.

A partir dessa dificuldade de interpretação, o autor procede a um estudo das muito divergentes concepções mentais, sociais e políticas que regem a cultura ocidental, assente no Estado, e as culturas indígenas mexicanas regidas pela comunalidade. 

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Autor

Georges Lapierre

eorges Lapierre, activista e ensaísta francês, encarou a grande revolta zapatista de 1 de Janeiro de 1994, no estado mexicano do Chiapas, como uma «revolução coperniciana», que o levou, desde então, a interessar-se in loco por esta aventura humana que tem vindo a desbravar novos horizontes de emancipação. Depois de L’Incendie millénariste (1987), escrito em parceria com Yves Delhoysie, a maior parte da sua bibliografia tem sido dedicada à experiência zapatista ou inspirada por ela, incluindo o extenso volume Être ouragans. Écrits de la dissidence.

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