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O «Indígena» no Pensamento Colonial Português - 1895-1961

Mário C. Moutinho

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Sinopse

O colonialismo é a violência e o desprezo total da pessoa humana fundamentados nas leis mais cruéis, e o Amílcar, muitas vezes, dizia que a luta nas colónias africanas sempre foi armada, acontecendo, porém, durante muito tempo, que só o inimigo dos nossos povos tinha acesso a armas modernas, servindo-se delas para afogar em sangue a resistência das nossas populações que, enquanto puderam, tudo fizeram para impedir a ocupação e o domínio efetivo das suas terras.

LUÍS CABRAL Fundador, Dirigente do PAIGC e 1.a Presidente da Rep. da Guiné-Bissau

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O início do combate africano para alcançar a independência pareceu reforçar a legitimidade do salazarismo, e uma ampla fração da opinião pública portuguesa dispôs-se a apoiar sem a menor reserva a tarefa colonialista que as novas condições do Continente africano impunham não só ao regime, mas sobretudo ao País. Só assim, de resto, se pode explicar que, durante 13 anos, os jovens portugueses tivessem fornecido as forças militares que se empenharam em reprimir, de maneira frequentemente feroz, os apetites de liberdade política manifestada pelos africanos. Esta reflexão que acabaram de ler não poderia ser compreendida sem a evo- cação desse quadro político e cultural.

ALFREDO MARGARIDO Escritor, investigador, professor universitário, poeta e pintor

As estruturas do pensamento colonial continuam a condicionar o quotdiano, nos discursos de ódio agora presentes na Assembleia da República, nas múltiplas formas de racismo que determinam as relações sociais, nas esquadras de polícia, na ignávia sistémica dos tribunais, no silêncio e manipulação sempre presente dos meios de comunicação social hegemónicos, na complexa e multiformatada subalternização dos portugueses afro-descendentes. (...)

É neste contexto que se pode justificar a reedição deste livro, pensando que o regresso às fontes do racismo e da ideologia colonial pode ajudar à construção de uma abordagem crítica da história do colonialismo. Uma releitura assente numa abordagem decolonial interessada em compreender o passado, mas, sobretudo, interessada em contribuir para a necessidade vital de construirmos uma sociedade respeitadora dos Direitos Humanos.

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Autor

Mário C. Moutinho

Mário C. Moutinho é doutor em Antropologia Cultural pela Université Paris VII – Jussieu e licenciado em Arquitetura pela École Nationale Supérieur des Beaux Arts de Paris. Investigador do Centro de Estudos Interdisciplinares em Edu- cação e Desenvolvimento (CeiED). Reitor da Universidade Lusófona (2008- 2022). Membro do Conselho coordenador da Cátedra UNESCO “Educação, Cidadania e Diversidade Cultural”. Membro fundador e atual Presidente honorário do Comité Internacional da Museologia Social do Conselho Internacional de Museus (SOMUS-ICOM). Foi docente da Universidade de Lisboa (1976-1998) e Assessor Principal no Museu Nacional de História Natural (1998-2007).

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