As exposições políticas através das quais o Estado Novo encenou o poder e construiu uma narrativa de propaganda.

Combinando história, arte e arquitectura efémera, as exposições políticas celebraram o sistema vigente. Foram sempre pensadas como espaços sedutores, espectáculos urbanos onde se encenava o poder para alcançar resultados políticos muito claros.

Por detrás do brilho, das luzes e das cenografias, com recurso a uma base documental ampla (e até inédita), revela-se um trabalho nem sempre linear, marcado por debates, tentativas, erros e ensaios de propaganda, um percurso que coloca Portugal num lugar de destaque no grande palco político dos anos 30.

Este livro, tal como a mostra homónima que esteve patente no Padrão dos Descobrimentos, propõe uma viagem através das exposições políticas realizadas em e por Portugal entre 1934 e 1940, incluindo os pavilhões portugueses apresentados nos certames internacionais de Paris (1937) e Nova Iorque (1939), culminando na Exposição do Mundo Português de 1940.