Este romance pretende abordar os múltiplos desafios postos à Igreja, ao cidadão comum e particularmente aos jovens, na sequência das exigências que a sociedade igualitária e globalizada impõe, passando pela irreversibilidade do progresso da ciência e das suas aplicações emergentes, evidenciando as ligadas à Inteligência Artificial. O romance atravessa a visão das pessoas relativamente ao futuro que as espera, onde imperam a desilusão, a insegurança e a descrença nos múltiplos poderes estabelecidos, incapazes de encontrarem soluções compatíveis com as suas expectativas, onde começam a agigantar-se as sombras do transumanismo na sobrevivência da espécie.

O padre Eugénio, estudioso do fenómeno da metamorfose cultural, social e científica, os jovens Adélia e Ernesto, intérpretes naturais dessa transformação conjuntamente com o seu grupo de amigos, são figuras centrais do drama, iniciado em tempo de férias escolares, numa aldeia do Norte do país. A obra culmina com uma visão fantasmagórica do julgamento da espécie.